Unicamp é credenciada pelo Idiomas sem Fronteiras

Edição de imagem

A Unicamp participará da segunda fase do programa Idiomas sem Fronteiras (IsF), criado em 2012 pelo Ministério da Educação para impulsionar o processo de internacionalização das universidades brasileiras. A Universidade oferecerá diversos cursos presenciais gratuitos em dois idiomas (Inglês e Português para Estrangeiros), voltados para o público formado pela comunidade interna de alunos (graduação e pós-graduação), professores e funcionários, além da comunidade externa, constituída por professores de inglês da rede pública de ensino. Os interessados poderão fazer as inscrições de 30 de setembro a 9 de outubro neste endereço eletrônico. Os resultados das inscrições serão divulgados em 16 de outubro e as aulas começarão em 23 de outubro.

Para desenvolver essas atividades, paralelamente também estarão abertas, no período de 21 a 28 de agosto, as inscrições para professores bolsistas que queiram ministrar os cursos. Os candidatos ao curso de Inglês podem estar vinculados à Unicamp ou a outras instituições de ensino superior, tanto públicas quanto privadas. Já os que pretendem oferecer o curso de Português para Estrangeiros devem necessariamente ter ligação com a Universidade. Podem concorrer às bolsas alunos de graduação, pós-graduação e profissionais já graduados em Letras - Inglês.

O IsF nasceu a partir de outro programa federal de incentivo à internacionalização, o Ciência sem Fronteiras (CsF), focado na promoção de intercâmbio e de mobilidade internacional para estudantes de graduação e pós-graduação. Na oportunidade, tanto o Ministério da Educação (MEC) quanto o Ministério Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), idealizadores da iniciativa, perceberam que muitos contemplados pelo CsF não tinham um bom aproveitamento dos conteúdos oferecidos pelas universidades estrangeiras de destino porque não dominavam outro idioma, principalmente o inglês. Daí a necessidade de criar um programa para proporcionar essa proficiência aos estudantes brasileiros.

Inicialmente, somente as universidades federais puderam participar do IsF. Nesta segunda etapa, a participação também foi aberta às universidades estaduais. A Unicamp concorreu ao edital do programa e obteve credenciamento para oferecer os cursos de Inglês e Português para Estrangeiros pelo período de quatro anos. Para isso, a Universidade constituiu o Núcleo de Línguas (NucLi-IsF), cuja parte administrativa está instalada no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). O NucLi-IsF é vinculado à Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) e conta com o apoio da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), do Centro de Ensino de Línguas (CEL) e do IEL.

Sob a coordenação geral da professora Ana Cecilia Cossi Bizon, o NucLi-IsF tem nas coordenações pedagógicas os professores Guilherme Jotto Kawachi (Inglês) e Matilde V.R. Scaramucci (Português para Estrangeiros). Na Unicamp, segundo Kawachi, o programa contará com nove professores bolsistas, sendo que seis receberão bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e três da PRG, por meio do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE). Cada um deles oferecerá três cursos. “Ou seja, teremos 18 turmas de Inglês e nove turmas de Português para Estrangeiros, cada uma com no mínimo 15 e no máximo 25 alunos. Os cursos terão duração de 16 a 64 horas”, informa o docente.

Os professores bolsistas, que se submeterão a um processo de seleção, dedicarão 20 horas por semana ao programa, sendo quatro horas de orientação com os coordenadores pedagógicos e uma hora à divulgação das atividades. As outras 15 horas serão cumpridas em sala de aula. A professora Matilde assinala que os conteúdos dos cursos serão adequados a cada segmento e serão bem instrumentais. “No caso dos alunos e docentes, serão trabalhados, entre outros aspectos, a produção de resumos de textos científicos e a produção oral para apresentação em congressos. Já para os funcionários serão trabalhados temas como o atendimento para estrangeiros nas áreas médicas, de humanas, de exatas etc”, explica.

As aulas, segundo a pró-reitora de Graduação, professora Eliana Amaral, ocorrerão em vários espaços da Unicamp. Há a possibilidade, por exemplo, de que os funcionários façam o curso nas dependências da Escola de Educação Coorporativa da Unicamp (Educorp). A dirigente observa que uma das modalidades previstas no edital é a oferta também de cursos online. “Uma das contrapartidas que vamos oferecer é um curso não presencial para professores de inglês da rede pública de ensino, de modo a contribuirmos para aprimorar a formação desses educadores. Esta modalidade ainda está sendo analisada para ser oferecida futuramente”, adianta.

Os cursos de Inglês do NucLi-IsF, acrescenta Kawachi, são destinados a pessoas que já tenham alguma familiaridade com o idioma. O nível de conhecimento dos alunos será testado por meio da plataforma My English Online (MEO), mantido pelo MEC no contexto do IsF. “Assim, nós teremos condições de formar turmas de acordo com o grau de conhecimento dos alunos, que pode estar entre o básico e o avançado”. A assessora da PRG, professora Daniela Gatti, informa, adicionalmente, que o NucLi-IsF também será responsável pela aplicação dos exames Toefl IPT e Celpe-Bras, que avaliam a proficiência em Inglês e Português para Estrangeiros, respectivamente.

Mão dupla

A coordenadora-geral da Unicamp, professora Teresa Atvars, considera o IsF como um estímulo importante ao processo de internacionalização das universidades brasileiras. Ela lembra que o domínio de um segundo idioma, especialmente o inglês, é fundamental não somente para quem pretende participar de um programa de mobilidade internacional, mas também para o ingresso no mundo do trabalho. “Atualmente, muitas empresas globais instaladas no Brasil fazem as entrevistas com os candidatos a uma vaga de trabalho em inglês. Quem domina somente a língua-mãe sai em desvantagem nesse tipo de disputa”, afirma.

Teresa Atvars enfatiza, ainda, a importância de o IsF oferecer o curso de Português para Estrangeiros. Segundo ela, o processo de internacionalização de uma universidade funciona como uma via de mão dupla. “Da mesma forma que queremos enviar estudantes e docentes ao exterior, nós também queremos atrair estrangeiros para cá. A presença de pessoas de outras nacionalidades na Unicamp cria um ambiente multicultural que é muito enriquecedor tanto do ponto de vista científico e acadêmico, quanto de convivência social”, entende a coordenadora-geral.

 

A coordenadora-geral da Unicamp, professora Teresa Atvars
A pró-reitora de Graduação da Unicamp, professora Eliana Amaral
Os coordenadores pedagógicos do NucLi-IsF , Guilherme Jotto Kawachi (Inglês) e Matilde V.R. Scaramucci (Português para Estrangeiros)
Imagem de capa
Representantes da CGU, PRG e NucLiIsF

twitter_icofacebook_ico

Comunidade Interna

Delegação conheceu pesquisas realizadas na Unicamp e manifestou interesse em cooperação internacional

A aula show com o chef e gastrólogo Tibério Gil sobre o papel da nutrição e da gastronomia na saúde da mulher contemporânea, nesta quinta-feira (7), abriu a programação que se estede até sexta-feira (8)

Atualidades

Segundo Maria Luiza Moretti, apesar do avanço verificado nos últimos anos, a ocupação de cargos de comando ainda é desigual entre homens e mulheres

Serão quatro anos de parceria, com seis vagas oferecidas a cada ano nos dois primeiros períodos; a oferta sobe para nove beneficiados nos dois anos seguintes

As publicações são divididas de maneira didática nos temas Saúde Geral da Mulher, Saúde Reprodutiva, Saúde Obstétrica e Saúde da Mulher Adolescente

Cultura & Sociedade

Para o reitor Antonio Meirelles, é necessário um compromisso político em favor da solução e o Brasil pode ter um papel de extrema importância nas soluções ambientais globais 

 

Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004