O filme #ninfabebê, de Aldo Luiz Pedrosa, acaba de receber uma menção honrosa (highly commended) no Madrid Art Film Festival, na capital espanhola. Pedrosa é doutorando em Artes Visuais pelo Instituto de Artes (IA) da Unicamp. Além da menção honrosa no festival de Madri, o longa-metragem ganhou o título de melhor editor, segundo lugar como filme de estudante e terceiro lugar como melhor diretor no Festival de Filmes da Romênia. Também foi selecionado para o Russian Film Festival, em Moscou, Rússia; para o Calcutta International Cult Film Festival; para o Festival de Londres; para o Festival do Casaquistão e para o evento internacional de arte e tecnologia de Portugal.
No próximo mês, #ninfabebê estará nas salas de cinemas de Minas Gerais (Cinemais). O longa-metragem tem duração de 93 minutos, com classificação para 16 anos. Foi filmado nos estilos mokumentary (falso documentário) e found footage (imagens encontradas), que remetem a uma tendência alternativa mundialmente explorada. O ponto de vista do personagem é a câmera de vídeo do celular.
Segundo Aldo Pedrosa, que é diretor, roteirista e produtor do filme, o longa foi finalizado no ano passado com recursos de R$ 19,5 mil. "O resultado nos surpreendeu muito. Agora pretendemos colher os frutos desse filme para depois tentarmos trazer novos projetos que disponham de maiores recursos", planeja. "Talvez continuemos na mesma temática, explorando o público adolescente e o uso da internet."
O longa-metragem foi filmado na cidade de Uberaba, Minas Gerais, graças a apoio do Fundo Municipal de Cultura (FMC). Trata-se de um drama, mas que se classifica também como suspense e terror. "O nosso trabalho aborda a superexibição dos adolescentes na rede mundial, a internet", recorda o doutorando.
#ninfabebê conta a história de Cibelle, uma adolescente com personalidade forte, maliciosa e muito conectada ao mundo on-line. Sabendo que o seu pai viaja todo o fim de semana, ela convidou uma amiga para dormir em sua casa, uma garota ingênua. O plano era passar os dias fazendo festa, bebendo e se divertindo de todas as formas. Cibelle filmou tudo e pretendia compartilhar os detalhes com os amigos nas redes sociais. Estranhos entraram em cena, colocando as adolescentes em perigo.
De acordo com o professor José Eduardo Ribeiro de Paiva, orientador de Aldo em sua tese (em andamento), o filme se articula com esse trabalho de doutorado. Tanto na tese como no filme, Aldo discute questões centradas no voyerismo, exibicionismo e vigilância. "O longa serve como um alerta e faz uma crítica para quem vive se expondo excessivamente nas redes sociais", afirma Aldo.
Veja a seguir o teaser do longa-metragem.