Praça da Paz ganha mais árvores

Autoria
Edição de imagem
Comunidade durante biodança na Praça da Paz
Comunidade durante biodança na Praça da Paz

A Unicamp conta com mais mudas de pau-brasil na Praça da Paz. A iniciativa foi em comemoração ao Dia da Árvore (21). “As pessoas sempre estipulam dias para comemorar datas significativas. Mas as árvores, a natureza, estão aqui todos os dias à nossa disposição”, disse Janaína de Fátima Fontebasso, da Divisão de Meio Ambiente (DMA), ao dar as boas-vindas à comunidade universitária que compareceu à atividade. Tratou-se de uma iniciativa do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), da DMA da Prefeitura e do Programa UniversIDADE.

Uma ampla programação foi desenvolvida, que começou com um encontro poético à sombra das árvores, onde se encontraram várias gerações, inclusive um grupo de crianças do Sistema Educativo da Unicamp. O funcionário Jorge Luis Florêncio contou um pouco da história da Praça da Paz, criada em 1986. A seguir, houve um tour guiado no local orientado pelo biólogo Adriano Grandinetti Amarante, funcionário da Prefeitura do campus. Foram plantadas mudas de pau-brasil e a ideia é expandir essa ação para outras praças da Unicamp, comentou a funcionária do GGUS Maria Gineusa de Medeiros e Souza.

Reflexão e biodança por parte da comunidade
Reflexão e biodança por parte da comunidade

 

Ipê, uma das árvores-símbolo da Unicamp
Ipê, uma das árvores-símbolo da Unicamp

Adriano Grandinetti apresentou as árvores da praça às pessoas e as suas peculiaridades. Mostrou baobás, jacarandás-da-bahia, pau-brasis, jequitibás, sapucaias, aroeiras, dendezeiros, ipês. Segundo o biólogo, são mais de 50 espécies de árvores na Praça da Paz. “A proposta da caminhada foi abordar a paisagem urbana, as áreas verdes e conhecer um pouco da sua história.” Adriano, que trabalha na Universidade há 32 anos, contou por exemplo que o jacarandá-da-bahia é utilizado em esculturas de muitas igrejas brasileiras e que o baobá “representa para a cultura africana o que o pau-brasil representa para o nosso país”.

O biólogo relatou que os professores da Unicamp, em suas viagens e expedições, foram trazendo para cá muitas sementes de outras regiões, que acabaram sendo aproveitadas pela instituição. “E desde a década de 1980 a Unicamp vem fazendo uma grande revitalização. Temos aqui mais de 150 espécies nativas da Mata Atlântica, além de espécies exóticas. Hoje fazemos pelas árvores, depois elas fazem por nós. Aqui realizamos plantio, retirada, manutenção, compensação com plantio. Nos últimos anos, plantamos seis mil árvores. Toda semana elas são molhadas com água de extração das nossas represas”, revelou.

O biólogo Adriano Grandinetti
O biólogo Adriano Grandinetti Amarante: há 32 anos na Unicamp

Durante a caminhada, prestigiou o evento Jorge Tamashiro, professor aposentado do Instituto de Biologia (IB), autor do livro Árvores do Campus. Ele contribuiu com a identificação de mais de 400 espécies de árvores da Unicamp. Também esteve na comemoração o jardineiro-poeta Sebastião Martins Vidal, que aos 80 anos está ensinando educação ambiental aos cerca de 900 alunos do sistema Educativo da Unicamp. “Precisamos contar essa história, pois ela fala também de nós. Se explicarmos esse conceito de cuidar da natureza para essa geração de crianças, nosso futuro será muito melhor”, acredita.

Para a pequena Júlia Lopes, 4 anos, esse foi um passeio diferente. Ela conta que nunca viu tanta árvore bonita assim, apesar de ter vindo à praça para brincar em outras ocasiões. Desta vez, o foco foi especialmente para conhecer as árvores. Rafael Altino, 4 anos, contou que na sua escola existem muitas árvores e que elas dão frutinhas gostosas, como a jabuticaba, pitanga, amora e goiaba. "Se depender dessas crianças, não vão faltar árvores à Unicamp", salientou Sebastião.

Rafael e Júlia, alunos do Sistema Educativo, se encantam com as árvores
Rafael e Júlia, alunos do Sistema Educativo, se encantam com as árvores

 

Crianças ajudam a plantar pau-brasil
Professor Jorge Tamashiro, autor de livro sobre árvores do campus
A funcionária da DMA, Janaína de Fátima Fontebasso
A funcionária do GGUS, Gineusa
Hosana de Barros, diretora da DMA
Tour guiado pela Praça da Paz
O jardineiro-poeta Sebastião Martins Vidal

twitter_icofacebook_ico

Comunidade Interna

Delegação conheceu pesquisas realizadas na Unicamp e manifestou interesse em cooperação internacional

A aula show com o chef e gastrólogo Tibério Gil sobre o papel da nutrição e da gastronomia na saúde da mulher contemporânea, nesta quinta-feira (7), abriu a programação que se estede até sexta-feira (8)

Atualidades

Segundo Maria Luiza Moretti, apesar do avanço verificado nos últimos anos, a ocupação de cargos de comando ainda é desigual entre homens e mulheres

Serão quatro anos de parceria, com seis vagas oferecidas a cada ano nos dois primeiros períodos; a oferta sobe para nove beneficiados nos dois anos seguintes

As publicações são divididas de maneira didática nos temas Saúde Geral da Mulher, Saúde Reprodutiva, Saúde Obstétrica e Saúde da Mulher Adolescente

Cultura & Sociedade

Para o reitor Antonio Meirelles, é necessário um compromisso político em favor da solução e o Brasil pode ter um papel de extrema importância nas soluções ambientais globais 

 

Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004