A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da Unicamp deve reunir coordenadores dos cursos de pós-graduação da Universidade na próxima quarta-feira para discutir os resultados da avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), divulgados em 20 de setembro. Em nota enviada aos coordenadores, o pró-reitor André Tosi Furtado destacou que a Unicamp “continua posicionando-se entre as melhores Universidades brasileiras no que concerne à pós-graduação”. No entanto há um saldo negativo que está sendo estudado para que sejam tomadas as medidas necessárias.
Furtado ressalta que é elevado o contingente de programas acadêmicos com notas 5, 6 e 7, nos quais se incluem os cursos considerados muitos bons ou excelentes. Doze programas subiram de conceito: Clínica Odontológica e Biologia Vegetal de 6 para 7; Música, Ciência Política, Ambiente e Sociedade e Geografia de 5 para 6 e Saúde Coletiva, Arquitetura, Tecnologia e Cidade, Ciências e Engenharia de Petróleo, Radiologia Odontológica e Artes da Cena de 4 subiram para 5. O programa Planejamento de Sistemas Energéticos progrediu para a nota 4.
De acordo com a PRPG dos programas que já eram nota 7, na avaliação de 2010-2012, 12 mantiveram esse conceito e o mesmo número de programas com nota 6 manteve o conceito na atual quadrienal, totalizando 42 programas acadêmicos que mantiveram suas notas. Os cursos de mestrado profissional também receberam avaliação positiva. Dos 4 programas avaliados no triênio 2010-2012, 3 mantiveram suas notas, sendo que dois deles com nota 5, que é o conceito máximo para esse tipo de curso. O quarto programa subiu para 4 (Saúde Coletiva: Política e Gestão em Saúde).
Alguns programas tinham a expectativa de subir de conceito e 16 tiveram suas notas rebaixadas. “Ainda que alguns casos possam ser compreendidos, entendemos que foram cometidas importantes injustiças com os programas de pós-graduação da UNICAMP, que são tanto referência no plano nacional quanto internacional. Ademais, contatou-se uma redução das notas médias dos programas acadêmicos de 5,45 para 5,24, que pode ser compreendida como resultante de um saldo negativo entre os programas que subiram e os que caíram entre uma avaliação e outra, mas também em virtude da entrada de programas novos. Ao todo tivemos entre uma avaliação e outra 5 novos programas acadêmicos, os quais receberam notas iniciais entre 3 e 4”, justifica a nota.
A PRPG está se colocando à disposição para auxiliar os coordenadores em recursos que podem ser necessários junto à CAPES. “A Unicamp tem condições de recorrer e obter melhores conceitos pois acreditamos que não estamos sendo reconhecidos devidamente”, afirma o pró-reitor. A reunião será as 9 horas na Sala do Conselho Universitário (Consu) com os três professores da UNICAMP que são membros do Conselho Técnico-Científico (CTC) da CAPES.