Faleceu na última quarta-feira (11) a professora do Instituto de Biologia (IB) Hebe Myrina Laghi de Souza, aos 85 anos de idade. Nascida em Salto, interior de São Paulo, Hebe Laghi se formou em ciências biológicas em 1955 pela Universidade de São Paulo. Posteriormente Hebe Laghi foi contratada como professora assistente na USP, sendo a primeira mulher a trabalhar no Departamento de Ciências Biológicas da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, abrindo portas para as próximas gerações de mulheres cientistas.
Em 1969, Hebe Laghi defendeu sua tese de doutorado na USP sobre mutações desenvolvidas em populações experimentais de moscas Drosophila willistoni, sob orientação do professor Antonio Brito da Cunha. Após se doutorar, Hebe Laghi foi trabalhar como professora na Unicamp, onde atuou no desenvolvimento do Departamento de Genética e Evolução do Instituto de Biologia, e continuou se dedicando a investigar a adaptação e as estratégias de sobrevivência desenvolvida pelos seres vivos.
Hebe Laghi colaborou em pesquisas na área de genética ecológica e evolutiva, tornando-se responsável pela área de genética animal. Também orientou vários pós-graduandos, e atuou na coordenação de estudos sobre a substituição de defensivos agrícolas por alternativas genéticas para controlar a população da praga Ceratitis capitata.
Após se aposentar da universidade, Hebe Laghi passou a se dedicar a escrever livros sobre a ciência e o espiritismo. Deixa seis filhos, entre eles a professora Regina Maria de Souza, da Faculdade de Educação da Unicamp.