Ex-aluna de engenharia, com passagem pelo MIT, mostra nova fase na dança. Espetáculo será nesta quinta, às 19h, no IA

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Daniela Pucci e Luis Bianchi, parceiros na profissão e na vida
Daniela Pucci e Luis Bianchi, parceiros na profissão e na vida

Daniela Pucci acaba de retornar de uma turnê à Europa, onde levou espetáculos de tango a diversos países. Chegou ao Brasil no último domingo (15), para visitar a família. Na próxima quinta-feira (19), ela estará em Campinas para uma exibição no auditório do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, às 19 horas. Vai apresentar o espetáculo História do tango, compartilhando o palco com o dançarino argentino Luis Bianchi. Eles farão uma viagem pela história do ritmo castelhano, desde a sua origem à sua evolução, utilizando como ferramentas todos os estilos de tango. Após o espetáculo, haverá um bate-papo de Daniela com o público sobre a sua carreira.

A história de Daniela antes da dança foi vivida como aluna da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Unicamp, uma das mais concorridas do país. Cursou Engenharia de Automação e fez o mestrado também na Unicamp sob orientação do professor José Cláudio Geromel. O doutorado realizou na Stanford University. E mais: venceu o estreito funil da engenharia, ao ser convidada para atuar como professora do Centro de Estudos e Pesquisa do Massachusetts no Institute of Technology (MIT), de Boston, nos Estados Unidos (EUA). Lá foi docente por três anos. 

Daniela formou-se em 1997 como a melhor aluna da turma e ficou entre os dois melhores alunos da história da engenharia elétrica da Unicamp. Na Stanford University, recebeu dois prêmios no final do curso: do seu departamento (Management Science and Engineering), por ter apresentado o melhor rendimento acadêmico entre os alunos que se formavam naquele ano; e outro foi dado pelo Institute for Operations Research and Management Sciences (Informs) pela sua tese de doutorado, de 2002. Recebeu ainda convites para dar aulas nas Universidades de Columbia, Cornell, Georgia Tech e MIT – além do laboratório de pesquisa IBM Almaden, em San Jose. 

Nos últimos anos, após ter vivenciado a prática docente intensamente, acabou conhecendo nos EUA Luis Bianchi, seu parceiro de tango, com quem se casou e teve uma filha. Começou a dançar, e não parou mais. Ambos viveram em Nova Iorque alguns anos e atualmente estão morando em Buenos Aires, onde têm um hostel. Lá recebem tangueiros de todo o mundo e ministram aulas. A vida mudou completamente para Daniela, desde que dançou pela primeira vez com Luis. Hoje se dedica inteiramente à dança, embora não tendo abandonado a engenharia. Ela, na verdade, acredita que pode fazer as duas coisas. 

Junto com o marido desenvolveu uma metodologia de ensino na qual aproveita a sua formação em engenharia, matemática e piano clássico, e a formação de Luis, em massagem terapêutica. Eles acabaram priorizando a mecânica corporal, habilidades de improvisação e compreensão musical profunda. O objetivo, hoje, é ajudar os alunos a dançarem com mais facilidade e confiança, criando uma experiência agradável para os seus parceiros e encontrando sua própria voz no tango. 

Segundo José Joaquín Lunazzi, ex-professor de Daniela na FEEC, sua aluna sempre teve desempenho excepcional na Engenharia de Automação, curso onde predominam alunos do sexo masculino. Ele acredita que optar pela dança foi uma decisão acertada, visto que Daniela estava muito consciente do que essa mudança poderia representar. "A sua vocação falou mais alto. Creio que ela está fazendo o que gosta: dançar. Vejo que esse trabalho então deve ser feito com a mesma excelência desde à época que estudou na Unicamp que, junto a outras bagagens, a fez ganhar o mundo", disse.

 

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004