O Congresso de Iniciação Científica da Unicamp completa nesse ano 25 edições, um evento já tradicional na instituição organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP). Acontece entre os dias 18 e 20 deste mês, quando são esperados 1.690 inscritos, distribuídos em 1.459 trabalhos, nas áreas de Biomédicas (423), Tecnológicas (415), Humanas (324), Exatas (255) e Artes (42). Além das bolsas oferecidas pelo CNPq, 279 bolsas SAE foram concedidas à iniciação científica deste ano. “Acreditamos que esse evento é um grande impulso para os alunos para que eles tomem gosto pela pesquisa em todas as áreas do conhecimento. Traz também a oportunidade deles aprimorarem o seu conhecimento e de se prepararem para a vida profissional futura”, ressalta o professor Munir Skaf, titular da pasta da PRP.
A cerimônia de abertura do evento será no dia 18, quarta-feira, às 14 horas, no Centro de Convenções da Universidade, com a presença de autoridades institucionais. No local, ocorrerão palestras nos três dias. No Ginásio Multidisciplinar (GMU), ficarão expostos os pôsteres com os resultados dos trabalhos dos alunos. Conheça a programação. Veja os eventos anteriores.
A expectativa, segundo o pró-reitor, é que o evento seja estimulante, promova a integração entre alunos de diferentes áreas e que pesquisas surjam para impulsionar novas investigações. "Esse evento também celebra o encontro entre alunos dos três campi da Unicamp, que trabalharam ativamente para esse momento de encontro", realça ele.
O professor comenta que a iniciação científica é uma invenção genuinamente brasileira e que, no exterior, o mais próximo dessa iniciativa são os estágios de verão, os Summer Research. Lá os alunos em geral passam dois meses nesse estágio, sobretudo com ênfase nas atividades de laboratório. No Brasil, a iniciação científica começou forte na década de 1980, com os alunos tendo um contato mais próximo com os laboratórios. Na Unicamp, e em algumas outras instituições do país, a iniciação tem um ano de duração.
Conforme Munir Skaf, a iniciação científica também atua de modo a complementar a formação do aluno, produzindo inclusive uma alavancagem com a pesquisa que virá mais adiante na pós-graduação; além de ajudar na definição das áreas de estudo e na busca da carreira. "Esse contato com o ambiente de pesquisa tem levado muitos jovens hoje a fazerem até mais de uma iniciação científica, melhorando a sua formação acadêmica e profissional."
Ao final do evento, serão premiados os 20 melhores trabalhos da edição. Os autores receberão certificados de mérito e importância em dinheiro. Os não premiados receberão certificados de participação. “A premiação mostra a integração dos aspectos do ensino em interação com a pesquisa”, diz o pró-reitor. “Na verdade, trata-se da materialização da indissociabilidade entre o ensino e a pesquisa”, assinala.
Após o recebimento das inscrições no Congresso, um Comitê Interno classifica os trabalhos que se distinguiram pela sua qualidade científica. Em cada área são selecionados 10% dos trabalhos inscritos. Os que foram selecionados são submetidos como indicativo dos melhores trabalhos à apreciação do Comitê Assessor representante do CNPq, convidado pela PRP da Unicamp.
Mirian Marcançola, funcionária da PRP, conta que todos os resumos dos trabalhos expostos no evento receberão um registro DOI (Identificador de Objeto Digital) em redes de computadores como a Internet. O sistema oferece identificação unívoca da propriedade intelectual de livros, artigos, periódicos e até imagens encontrados na rede, associando a cada objeto seus dados básicos e a sua origem. Essa é uma etapa importante para a internacionalização do evento e colabora para projetar os trabalhos fora do país.