A Comissão Central de Graduação (CCG), órgão auxiliar do Conselho Universitário (Consu) da Unicamp, instância máxima deliberativa da Universidade, aprecia na manhã desta terça-feira (14), em reunião extraordinária, a proposta de deliberação formulada pelo Grupo de Trabalho (GT Ingresso) encarregado pelo Consu de estudar novas formas de ingresso nos cursos de graduação da instituição. Após votação na CCG, a matéria seguirá para análise final do Consu, no dia 21. Entre as sugestões contidas no documento está a reserva de 25% das vagas para o sistema de cotas étnico-raciais, destinadas a candidatos autodeclarados pretos e pardos.
Além das cotas, o GT Ingresso também propõe a realização do Vestibular Indígena, separado do Vestibular tradicional; a concessão de bonificação para estudantes de escolas públicas, inclusive para os candidatos que cursaram o Ensino Fundamental II nestes estabelecimentos; e a oferta de vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O relatório também sugere a expansão do Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS) para as cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e os municípios de Piracicaba e Limeira.
O GT Ingresso indica, ainda, a promoção de alterações no Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais), a designação de vagas para os melhores colocados em olimpíadas e competições de conhecimento e a realização de estudos para a definição de bônus para vestibulandos com deficiência. Antes de ter sido enviado para a apreciação da CCG e do Consu, a proposta de deliberação foi aprovada pela Câmara Deliberativa do Vestibular.
“É importante destacar que as propostas do GT circularam durante dois meses pelas faculdades e institutos, que as discutiram e apresentaram suas posições. Um quadro contendo as manifestações das unidades também foi encaminhado aos órgãos colegiados, para ajudar a subsidiar as decisões de seus integrantes”, explica José Alves de Freitas Neto, presidente do GT Ingresso e coordenador-executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest).
Para ele, a Unicamp inova ao propor esse modelo flexível de inclusão social. “A proposta da Unicamp é mais ousada do que as que existem em outras instituições de ensino superior porque flexibiliza o acesso por meio de vários caminhos. O sistema proposto contempla que há diferentes realidades em cada curso de graduação e propõe ações diversificadas e que foram amplamente estudadas e debatidas”, explicou Alves.
Conheça a Proposta de Deliberação do GT Ingresso