Equipe brasileira para Olimpíada Internacional de Informática será definida até sexta na Unicamp

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crinças em sala de aula

Após três fases eliminatórias disputadas durante o ano em todo Brasil, os finalistas da XIX Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) puderam desfrutar do seu prêmio: uma semana de aulas na Unicamp. A Semana Olímpica, como é conhecida, reuniu desde segunda-feira (4), 74 alunos de ensino fundamental e médio no Instituto de Computação (IC) da Unicamp, para desenvolver seus conhecimentos sobre programação desde os fundamentos, com os mais novos, até conteúdos avançados, com as turmas de ensino médio. Do primeiro escalão desse grupo serão selecionados quatro estudantes que representarão o Brasil na Olimpíada Internacional de Informática, que acontecerá em julho, no Japão.

professore escreve na lousa
Professor dá aula de programação na Semana Olímpica

A OIB é realizada desde 1999 e tem crescido progressivamente. Neste ano, recebeu 50 mil inscritos de todas as regiões do país. Mesmo não sendo conteúdo obrigatório nas escolas, o interesse dos estudantes e a as demandas do mercado de trabalho levam cada vez mais instituições a incluírem disciplinas de computação em sua grade. Conforme destaca Ricardo Anido, docente do IC e coordenador da Semana Olímpica, “as melhores escolas de São Paulo já estão oferecendo aulas de programação. Não apenas por causa da Olimpíada, mas por pressão do mercado”.

homem sentado fala
Professor Ricardo Anido do Instituto de Computação da Unicamp

A Olimpíada é dividida em seis categorias de acordo com o conhecimento dos estudantes. “As várias modalidades são progressões no conhecimento necessário para participar da prova. Não são divididas por idade”, explicou Anido. Os níveis de iniciação são disputados, geralmente, por alunos do 6º e 7º anos, que resolvem problemas de lógica e computação no papel. O objetivo desta modalidade é despertar o gosto por problemas de computação e detectar talentos potenciais para programação.

menino debruçado sobre o caderno
Aluno do sexto ano participa na modalidade iniciação

Este ano, em uma parceria com a prefeitura de Pedreira, os alunos do 5º ano das escolas municipais da cidade participaram da OBI. Além de realizar as provas, foram selecionados 30 estudantes que assistiram aulas, aos sábados, no IC da Unicamp, durante todo o semestre. “Eles foram bem nas provas. Passaram para a segunda fase da competição e alguns chegaram à fase de Nacional”, contou Anido.

crianças estudam
Para iniciar as crianças em programação são propostos desafios lógicos

Na modalidade de programação, são exigidos conhecimentos com níveis variados de dificuldade e as tarefas são realizadas nos computadores. Os alunos que participam do último nível desta modalidade, realizam provas ao longo da Semana Olímpica, que selecionarão os quatro membros da equipe que representará o Brasil na competição internacional.

Este ano, Beatriz Cunha Freire, 17 anos, disputa uma destas vagas. Caso seja selecionada, Beatriz será a primeira mulher a representar o país na competição. “Desde 2013, eu venho para Semana Olímpica. Já estou acostumada com as salas serem só de meninos”, comentou. Natural de Natal, Rio Grande do Norte, Beatriz coleciona medalhas em olimpíadas de conhecimento e, atualmente, estuda em Fortaleza com bolsa oferecida por um colégio particular, devido aos méritos conquistados nas competições. Além da carga horária normal, Beatriz tem de duas a três aulas de programação por semana, voltadas para a Olimpíada de Informática. Ao se aproximar o final da competição, ela deixa de frequentar as aulas tradicionais e passar a receber aulas de programação em período integral. “Nunca uma menina foi para a Olimpíada Internacional de Informática. Eu quero ir. Se não for esse ano, será no próximo”, afirmou determinada.

menina em pé
Beatriz pode ser a primeira menina a representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Informática

A Semana Olímpica será encerrada com uma cerimônia de premiação, na sexta-feira (8), às 19 horas, no auditório do Hotel Dan Inn, com a presença do pró-reitor de pesquisa, Munir Salomão Skaf.

medalhas

 

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meninos estudam em sala de aula

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004