Aprovação do orçamento para 2018, apresentação de medidas para redução do déficit da universidade propostas pelo GT (Grupo de Trabalho) nomeado pela Reitoria e alterações de preços de refeições dos restaurantes universitários pautaram a última reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consu) da Unicamp, realizada nesta terça, dia 12 de dezembro. Tanto o orçamento como as alterações de valores do bandejão tiveram votação favorável.
De acordo com dados da Aeplan (Assessoria de Economia e Planejamento), a Unicamp deve contar com R$ 2,5 bilhões em receitas, incluindo aporte de R$ 272,3 milhões de reserva estratégica. Conforme a Lei 16.151/2017, o repasse dos royalties do petróleo também está sendo considerado pela primeira vez, com valor estimado em R$ 36,7 milhões. Antes da votação, dúvidas sobre cálculos de orçamento, especialmente no que tange ao repasse de verbas às unidades de ensino e pesquisa, foram esclarecidas. Ao longo da reunião, algumas questões ligadas a reajuste salarial foram levantadas por conselheiros. Um dos pontos da nova proposta é a valorização das carreiras docente e não-docente. “A ideia é que haja uma rubrica específica para funcionários que não são valorizados pelo mérito desde 2013, e para docentes, em especial aqueles que estão numa carreira intermediária”, explica Marisa Beppu, pró-reitora de Desenvolvimento Universitário. Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, explica o desafio de equacionar as carreiras com recursos insuficientes para todos. “Estamos apostando em um crescimento, ainda tímido, da economia”,
GT apresenta estudo sobre orçamento
No fim da manhã, Sérgio Salles, presidente do Grupo de Trabalho que avaliou possíveis medidas de redução de custos na universidade, apresentou o relatório das atividades realizadas, com foco em impacto e viabilidade. A premissa seria considerar o mínimo de R$ 25 milhões de economia, mas os estudos levantaram possibilidades de até R$107 milhões para 2019, em casos de cumprimento de todas as sugestões, de forma consensual. “Estamos trabalhando com muitas ações, como gratificações, regimes de trabalho, possível autarquização da área da saúde, o que requer muita reflexão e não pode ser definido neste momento”, orienta o professor, que afirma ter recebido “mais de 400 sugestões da comunidade universitária durante a elaboração do relatório”. A CGU (Coordenadoria Geral da Unicamp) apresentou um parecer preliminar das propostas do GT, que agora serão encaminhadas para estudos mais aprofundados. Não houve foco em revisão de contratos, uma vez que já há estudos paralelos em andamento.
Bandejão vai a R$3,00 para estudantes
O aumento das refeições dos restaurantes universitários também foi votado na sessão. Estudantes passam a pagar R$3,00 – ao invés dos R$4,00 inicialmente propostos – com base na indexação de bolsas do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE). No caso de alunos com renda familiar per capita abaixo de um salário mínimo e meio, a isenção está garantida. “Essas ações devem trazer uma economia de aproximadamente 4 milhões de reais à universidade, mas não queremos qualquer prejuízo acadêmico aos estudantes”, confirma o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel. No caso de servidores e docentes, a tabela reajustada que entra em vigor é mais específica, de acordo com, por exemplo, faixas salariais.
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