Trabalho desenvolvido pela pós-graduanda do Departamento de Tocoginecologia Fabiana Yumi Nakano no Hospital da Mulher “Prof. Dr. José A. Pinotti” – Caism da Unicamp, sob orientação da ginecologista Daniela Angerame Yela Gomes, ficou com a primeira colocação no prêmio do 57º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia. O evento ocorreu recentemente no Centro de Convenções Hangar, em Belém, Pará.
Intitulado “A eficácia do uso de misoprostol antes da histeroscopia diagnóstica em mulheres na pós-menopausa: ensaio clínico randomizado duplo cego”, o estudo premiado concorreu com cerca de 500 outros projetos e teve ainda como coautores Lúcia Simões da Costa Paiva, Cristina Laguna Benetti Pinto, João Leonardo Pinto e Talita Riegas. O prêmio foi uma importância em dinheiro para ser aplicado em pesquisas e um certificado de mérito científico.
O estudo avaliou a eficácia do uso do medicamento misoprostol, via vaginal, em mulheres na pós-menopausa, antes que elas fossem submetidas ao exame de histeroscopia diagnóstica sem anestesia. Segundo Daniela Yela, esse tipo de exame – que ajuda a realizar o diagnóstico de pólipos, miomas e câncer, entre outros – em geral é bastante dolorido, sobretudo quando se faz a passagem do histeroscópio no colo do útero. "Por isso testamos a eficácia do misoprostol para tentar auxiliar esse processo, com vistas ao conforto das pacientes", relatou.
A conclusão foi que o uso do misoprostol não preparou o colo do útero e nem reduziu a dor durante o procedimento sem anestesia, não havendo diferença significativa no alívio da dor. “Apesar do medicamento não ter se mostrado relevante nessas mulheres, de qualquer forma ele apontou que outras alternativas devem ser buscadas para auxiliar o exame”, sublinhou. “Cremos que foi justamente isso que rendeu o prêmio, pois é preciso desvendar outros caminhos e eliminar os que não sinalizaram bons resultados."