A Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp obteve um importante reconhecimento internacional ao ser classificada na sexta posição na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos pelo Global Ranking of Academic Subjects, elaborado pela consultoria chinesa ShanghaiRanking. Ao todo, foram avaliadas 4.000 universidades de todo o mundo, em 52 áreas de concentração. Entre os critérios considerados na análise estão o número de artigos publicados, o impacto destes e o grau de internacionalização das instituições.
Na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, a FEA aparece como a melhor instituição da América Latina, seguida pela USP, que ocupou a sétima colocação. A liderança do ranking no segmento ficou com a University of Wageningen (Holanda). A segunda, a terceira e a quarta posições couberam a universidades da China e a quinta classificação, a uma escola superior belga.
De acordo com o diretor da FEA, professor Antonio José de Almeida Meirelles, o resultado do ranking é um importante reconhecimento às atividades desenvolvidas naquela unidade de ensino e pesquisa, cuja trajetória de 50 anos tem sido marcada pelo compromisso com a excelência. “A FEA foi a primeira faculdade de Engenharia de Alimentos da América Latina. Ou seja, nasceu exercendo a vanguarda. Desde então, temos trabalhado para manter as nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão em alto nível”, afirma o docente.
Meirelles lembra que a graduação da Faculdade é classificada com a nota máxima pelo Guia do Estudante. Já a Pós-Graduação, que conta com quatro programas, tem dois deles com nota 7 [a máxima, de qualidade internacional] e outros dois com nota 5, segundo o sistema de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação. “Além disso, temos um forte relacionamento com a sociedade. Penso que o resultado do Global Ranking of Academic Subjects reflete esse desempenho”, considera Meirelles.
Em 2016, continua o dirigente, a FEA recebeu a acreditação por parte da The International Union of Food Science and Technology (IUFoST), entidade científica internacional que tem por objetivos fortalecer as pesquisas e estimular a cooperação entre as universidades e centros de investigações que atuam na área. Na avaliação que faz das instituições, a IUFoST leva em consideração diversos aspectos, tais como a qualidade do ensino e da pesquisa, o grau de relacionamento com a sociedade e a capacidade de geração de inovação.
No entender de Meirelles, a performance atual da FEA é consequência do trabalho acumulado ao longo das últimas cinco décadas. “Obviamente, não podemos dormir sobre os louros. Temos obtido resultados que nos orgulham, mas precisamos continuar agindo na direção de preservarmos o que foi conquistado e avançarmos naquilo que ainda é possível melhorar. Afinal, atuamos em um mundo altamente competitivo”, reconhece.
Olhando em perspectiva, o docente avalia que a Faculdade tem alguns desafios a enfrentar. “Na graduação, por exemplo, penso que podemos elaborar um currículo que forme profissionais ainda mais alinhados com as novas tendências, como a de vincular a Ciência dos Alimentos à saúde e bem-estar das pessoas e também aos princípios da chamada bioeconomia. Na pós-graduação, uma das nossas missões é fazer com que os programas que têm nota 5 passem para nota 7 na avaliação da Capes. Por fim, acredito que há espaço para ampliarmos a nossa relação com o setor produtivo, de modo a gerarmos produtos e processos que tragam novos benefícios à sociedade”, pontua Meirelles.