A Unicamp aplicou, nessa segunda-feira (15/1), as provas de História, Geografia e Matemática, em mais um dia da segunda fase do Vestibular 2018. As provas foram marcadas por questões contextualizadas e por temas associados ao universo dos estudantes. 13.628 candidatos fizeram as provas e a Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) registrou um índice de abstenção de 11,9%. No domingo, a abstenção foi de 11,3%.
Na prova de Matemática, por exemplo, uma questão pedia que os candidatos fizessem cálculos percentuais, a partir de um assunto cotidiano: os valores das mensalidades de escolas particulares e os gastos familiares com educação. Além de porcentagem, a prova de Matemática cobrou os temas clássicos como análise de funções, progressão aritmética, matrizes e análise de sistemas lineares.
De acordo com a Comvest, as questões das provas de História e Geografia demandaram relações entre os processos sociais e culturais e a visão de mundo dos estudantes. A prova de História trouxe uma questão que discute como a noção de arte foi degenerada durante o nazismo, ao abordar o projeto estético do nazismo e as formas de violência do regime. A partir de um enunciado que apresentava a campanha nazista contra a arte moderna, com a cassação de curadores e artistas como Vincent van Gogh e Pablo Picasso, a questão solicitava aos candidatos explicar o projeto estético do nazismo.
José Alves de Freitas Neto, coordenador executivo da Comvest, comentou sobre os assuntos abordados nas provas dessa segunda-feira. “Ao apresentar temas como a gentrificação, o papel da mulher nas sociedades coloniais, as questões sobre o clima e o uso dos sapatos pelos negros após a abolição da escravidão no Brasil fica evidenciado o compromisso das bancas elaboradoras na articulação entre grandes temas contemporâneos e os programas das disciplinas de humanas”, afirmou o coordenador.
Análise de imagens, gráficos, charges e mapas foram alguns dos recursos cobrados nas provas de História, Geografia e Matemática da Unicamp. As queimadas e a alteração de biomas no cerrado e os hábitos alimentares durante a Idade Média foram outros assuntos abordados pelas questões.
“A Unicamp preserva a característica de buscar candidatos que sejam bons leitores, que saibam interpretar um texto, mobilizar referências da trajetória escolar e redigir com clareza suas respostas. A escrita é uma prática de organização de raciocínio e de informações. E, no caso de Matemática, que demonstrem conhecer as bases do raciocínio e do cálculo, considerando-se que quase a metade das vagas ofertadas são na área de exatas e tecnológicas”, ressaltou Freitas Neto.
Na terça-feira, 16 de janeiro, os candidatos terão o último dia da segunda fase, com as provas de Biologia, Química e Física. Os candidatos disputam 3.340 vagas, em 70 cursos de graduação da Unicamp.
Índice de abstenção da segunda fase
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