Cada exercício serve para aprender a mexer com uma parte do robô. No final os alunos já estão sabendo programar a máquina. Descobrem vários conceitos ligados à computação e à robótica: como funciona um led, motores e sensores. O robozinho explorador, que foi construído pelos alunos monitores da oficina, passeia pela sala. Mesmo quem nunca se interessou por coisa do gênero acha divertido.
A oficina “Construindo um robô explorador” é oferecida pela primeira vez no Programa Ciência e Arte nas Férias (CAF). Coordenada pelo professor Edson Borin, do Instituto de Computação (IC), ela é desenvolvida por alunos do Grupo de Estudos de Robótica (Ger). “A gente busca trazer uma experiência para eles entenderem um pouquinho como funciona esse universo da robótica e quem sabe incentivar os estudantes a vir estudar com a gente na Unicamp”, disse a monitora Luciana de Aguiar Dias, graduanda do curso de Engenharia Elétrica.
Parceiros na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), onde trabalham em projetos lado a lado com os pesquisadores da Unicamp, os estudantes Maria Rita Monteiro, de Campinas, e João Pedro Carvalho, de Arthur Nogueira, se dizem felizes com a participação na oficina e surpreendidos com o aprendizado do programa Ciência e Arte nas Férias. “Muda totalmente a nossa visão das coisas” afirma João Pedro. Depois de conhecer a engenharia de alimentos ele ficou inclinado a prestar o vestibular para o curso. Maria Rita já sente que conhece a Unicamp um pouco mais também. “Já sei como é a Unicamp e gosto muito do meu projeto”.
As oficinas do programa CAF são realizadas às quartas-feiras durante todo o mês de janeiro. Os temas são os mais variados. Além da robótica há oficinas relacionadas à matemática, arqueologia, cinema de animação, elaboração de mortadela ou dragões. No Museu de Zoologia do Instituto de Biologia e no Museu de Ciências da Unicamp acontecem duas oficinas.
Na Faculdade de Educação Física (FEF) os estudantes têm uma iniciação ao esporte paraolímpico. Alguns ocupam as cadeiras de rodas próprias para o basquete adaptado. O monitor Laércio Leite da Silva Neto, aluno da graduação na FEF, afirma que o objetivo dos encontros é levar para os estudantes conhecimento pedagógico sobre o esporte paraolímpico. “Eles sempre conhecem pessoas com deficiência que podem se interessar na prática”. É o caso de Mariana Freitas, de Campinas. “É interessante passar por experiências próximas às de alguém que tem deficiência. Tenho um amigo cadeirante e vou falar para ele sobre jogar basquete”.
A edição de 2018 do programa Ciência e Arte nas Férias começou no dia 3 de janeiro e termina no dia 2 de fevereiro. São 140 estudantes de 47 escolas públicas da região de Campinas, Limeira e Piracicaba. Saiba mais aqui.