O Laboratório Central de Tecnologias de Alto Desempenho (LaCTAD) da Unicamp está procurando ampliar sua atuação com base no portfólio de serviços oferecidos para a comunidade de pesquisadores. Para divulgar o trabalho realizado pelo laboratório foi criado o evento “Facilitando a Ciência”, realizado nesta segunda-feira, 27, no auditório da Embrapa Informática Agropecuária. Durante o dia todo foram apresentados serviços e tecnologias nas áreas de biologia celular, proteômica, genômica e bioinformática.
De acordo com a diretora de serviços do LaCTAD Sandra Krauchenco há vários grupos de pesquisa de dentro ou fora da Unicamp que não conhecem o potencial do laboratório. “Geralmente eles conhecem um serviço que foi realizado no LaCTAD mas não conhecem os outros serviços em outras áreas disponíveis”. Muitos pesquisadores também não sabem que os custos de serviços realizados no laboratório costumam ser até 50% mais baixos que os valores praticados pelo mercado, uma vez que o laboratório tem subsídios da Unicamp e de agências de fomento.
No evento falaram os supervisores de cada área do LaCTAD e também pesquisadores que desenvolveram seus trabalhos no local. Especialistas de empresas dos equipamentos disponíveis no LaCTAD apresentaram aplicações não tão conhecidas. Um exemplo, segundo Sandra, é o equipamento muito utilizado para imagens de células in vivo mas que também realiza screening de drogas, ou seja, observações da atuação de fármacos nos organismos escolhidos. “Temos potencial para uma demanda muito maior para os serviços já formatados e podemos desenvolver novos serviços de acordo com as demandas que surgirem. Queremos despertar a curiosidade e o interesse da comunidade científica e farmacêutica para que eles possam nos procurar”, comentou.
O pós-doutorando Luis Augusto de Luna realizou parte do trabalho de doutorado no LaCTAD dentro de um projeto interdisciplinar que propôs avaliar a segurança de um nanomaterial com potencial microbicida a base de óxido de grafeno e nanopartículas de prata. O pesquisador verificou que o material apresentava riscos ao sistema imune. “O Lactad congrega todos esses equipamentos de biologia celular num lugar só e isso facilitou em termos de mobilidade. A equipe de funcionários também foi um diferencial pois além de ajudar nas análises discutimos muitos protocolos para uso em equipamentos de biologia celular”, destacou.