Ações afirmativas são tema de reunião na Unicamp

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Integrantes da Administração Central da Unicamp e de órgãos a ela vinculados receberam na manhã desta sexta-feira (2) para uma reunião a titular da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Francis Vieira Tourinho. A visitante discorreu acerca das políticas adotadas pela UFSC para promover o ingresso e a permanência de estudantes contemplados pelos programas de ação afirmativa. Francis falou, entre outros pontos, sobre como são feitas as validações das autodeclarações dos candidatos com deficiência, pretos e pardos, indígenas, quilombolas e de baixa renda.

De acordo com Francis, para cada um desses casos é constituída uma comissão, que fica encarregada da análise das autodeclarações. No caso dos autodeclarados deficientes, são avaliados laudos e documentos médicos. Se houver dúvida, o candidato é convocado para uma entrevista. Já os autodeclarados pretos e pardos são convocados para um encontro presencial com os membros da comissão, que analisam os documentos de identidade e eventualmente fazem alguma pergunta aos candidatos.

A secretária de Ações Afirmativas da UFSC destacou que a adoção desses mecanismos de validação é uma exigência do Ministério Público Federal. O objetivo é impedir a ocorrência de fraudes. “É importante observar que as comissões de validação não foram criadas para tirar a vaga de ninguém. Ao contrário, elas têm o propósito de garantir que as pessoas ocupem as vagas a que têm direito”, afirmou Francis Tourinho, que é graduada em Enfermagem e cursou o mestrado e o doutorado na Unicamp.

Ainda segundo ela, a Secretaria de Ações Afirmativas da UFSC também é responsável pela proposição e execução de campanhas voltadas ao combate ao racismo, à homofobia e à violência contra a mulher, entre outras iniciativas. “Nós nos esforçamos para conscientizar nossa comunidade que a diversidade é extremamente salutar para o ambiente universitário”, disse.

A coordenadora-geral da Unicamp, professora Teresa Atvars, classificou a reunião como muito importante, principalmente porque a Universidade está se preparando para implementar, a partir do Vestibular de 2019, os novos mecanismos de ingresso aos seus cursos de graduação, entre eles as cotas étnico-raciais e o Vestibular Indígena. “Nós estamos com o olhar voltado para a Agenda 2030, proposta pela ONU e que tem por meta construir um planeta sustentável. Para nós, sustentabilidade tem a ver com o ambiente, mas também com pessoas. Sem dúvida nenhuma, tornar as Universidade mais acessível é um passo decisivo nessa direção”, considerou a dirigente.

Tanto a pró-reitora de Graduação, professora Eliana Amaral, quanto o coordenador-executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), professor José Alves de Freitas Neto, assinalaram que a Unicamp tem feito contato com outras instituições que mantêm políticas de ações afirmativas, de modo a aproveitar as melhores experiências. “As conversas têm sido muito produtivas”, considerou Eliana Amaral.

 

Francis Tourinho, secretária de Ações Afirmativas e Diversidades da UFSC
Dirigentes da Unicamp durante reunião com a representante da UFSC
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Dirigentes da Unicamp durante reunião com representante da UFSC

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