O avanço tecnológico, especialmente depois da chegada dos drones, tem permitido, cada vez mais, que fotógrafos (profissionais ou não) realizem o registro de imagens aéreas em lugares que antes eram considerados inacessíveis. Recentemente, uma dessas imagens chamou a atenção ao ser postada em uma rede social. Trata-se do Teatro de Arena da Praça do Ciclo Básico, na Unicamp, local por onde circulam, diariamente, alunos, servidores e funcionários.
O “click aéreo, feito por Alex Calixto de Matos, funcionário da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac), denominado por ele como “miniplaneta”, é a primeira imagem que registrou com o seu “brinquedinho de gente grande”. Ou o drone Dji Spark, também conhecido por Selfie Drone, que filma e fotografa em alta resolução com o auxílio de um celular acoplado. O aparelho, que é de uso recreativo e orientado por GPS, atinge 500 metros de altitude e chega a percorrer uma distância de até 1,5Km. Cada bateria (ele é comercializado com até duas) tem autonomia para um vôo de 16 minutos. O drone foi adquirido recentemente pelo servidor com recursos do trabalho extra que realiza como fotógrafo nas horas vagas.
Matos sempre gostou de equipamentos óticos como binóculos, telescópios, lupas, microscópios, etc. Ele comprou a sua primeira câmera analógica no ano de 2000. “Não investi muito porque era caro revelar os filmes. Minha primeira digital, que tinha 3 megapixels de resolução, veio depois. Foi a partir daí que tomei gosto por registrar momentos importantes para amigos, o que me ajudou a ganhar mais experiência”.
Foi com o drone situado a 30 metros de altitute, no centro do Teatro de Arena, que Matos realizou o registro. “Com o aparelho no ar, ajustei parâmetros fotografia, como ISO e tempo de exposição usando uma opção do próprio Drone chamada esfera, que faz 46 fotos. Após o processamento, em outro aplicativo de celular, o Theta+, criei o ‘miniplaneta’".
Sobre a realização de vôos pelo campus, Alex faz um alerta. “É preciso ter os devidos registros nos órgãos controladores e, antes de qualquer vôo, é necessário solicitar autorização ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo. A principal orientação é sempre voar com segurança, respeitando as limitações do espaço e a privacidade das pessoas”.
Atualmente, o servidor estuda os conceitos da fotografia tradicional e pesquisa sobre os grandes fotógrafos da história. Todas as técnicas que absorve com a leitura ele aplica em seus registros fotográficos. Se Matos tem fotógrafos favoritos e fontes de inspiração? Sim. São eles: Henri Cartier-Bresson (1908-2004) e Sebastião Salgado. Se tem outros hobbies além da fotografia? Aquarismo, tiro esportivo e colecionar amigos.
Além da imagem do miniplaneta, Matos já fez fotos aéreas com o seu Drone do Instituto de Biologia (IB), da Escola de Educação Corporativa (Educorp), do Museu Exploratório de Ciências (MC) e da Praça da Paz.
Início como patrulheiro
Alex ingressou na Unicamp há 23 anos como patrulheiro. Hoje, aos 38 anos, exerce a função de técnico em artes gráficas. “Junto à Preac, tive a oportunidade de contribuir em vários projetos institucionais criando websites, logotipos e identidades visuais. Recentemente produzi arte gráfica para a frota dos veículos da Secretaria de Vivência do Campus e para a ambulância do Vidas”, contou.