As salas de aula do curso de enfermagem da Unicamp ficavam localizadas, nos primeiros tempos, no espaço do atual restaurante Giovannetti, no bairro Cambuí. O prédio não tinha um bom estado de conservação. E os estágios na graduação aconteciam na Santa Casa de Misericórdia. Esse foi o embrião da Unicamp e, parte dessa história, foi recuperada na tarde desta sexta-feira (2), durante as comemorações dos 40 anos de criação do curso de enfermagem da Universidade. A solenidade, bastante disputada, aconteceu no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), reunindo alunos, ex-alunos, funcionários e docentes.
O reitor da Universidade, Marcelo Knobel, ressaltou a importância desse curso para a formação profissional e para a assistência à saúde da população. Participaram ainda do evento a coordenadora geral da Universidade, Teresa Dib Zambon Atvars; a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, Marisa Beppu; e a pró-reitora de graduação, Eliana Amaral; além de outras autoridades e convidados.
Marcelo Knobel parabenizou a organização do evento, que conseguiu congregar grande contingente de ex-alunos. Ele disse que acompanhou, quando pró-reitor de Graduação, a transferência do curso de eEnfermagem, que funcionava na FCM, para a Faculdade de Enfermagem (FEnf), em 2012. “É uma alegria festejar esse aniversário e espero estar aqui nas comemorações dos próximos 40 anos”, disse.
O diretor da FCM, Ivan Toro, agradeceu a equipe da enfermagem de todos os tempos que o ajudou no seu trabalho. “Foi uma honra ter visto o crescimento da enfermagem, sua formação, pesquisa, gestão e cuidados com a população. Continuem trabalhando e sugerindo ações e mudanças para melhorar o nosso Sistema Único de Saúde (SUS)”, realçou.
A diretora da FEnf, Maria Isabel Pedreira de Freitas, atribuiu a evolução do curso de enfermagem aos alunos de graduação e fez um apelo para que todos os ex-alunos não se distanciem da faculdade. Ela aproveitou para destacar a importante parceria da FEnf com o Hospital de Clínicas (HC), Hospital da Mulher "Prof. J.A. Pinotti" - Caism, Hospital de Sumaré (HES) e Centro de Saúde da Comunidade (Cecom).
Erika Duran, presidente da Comissão de Graduação da FEnf, sublinhou que a enfermagem trabalhou muito para a formação dos alunos e sempre em defesa da família. Disse que as ações da enfermagem foram sempre bastante resolutivas e que este é o modo de formar profissionais na Unicamp. Renata Pietro, do Conselho Regional de Enfermagem, disse que o curso da Unicamp é muito importante para o contexto nacional e que sempre teve profissionais atuantes nas mais diferentes esferas, entre elas ética e em terapia intensiva.
Os docentes da FEnf Maria Helena Baena de Morais Lopes e José Luiz Tatagiba Lamas relataram a história do curso de enfermagem. Tatagiba lembrou que foi colega de turma de Maria Helena e que chegou à Unicamp através do Colégio Técnico (Cotuca). Disse que teve aulas de anatomia no Instituto de Biologia (IB), num prédio próximo à DGA (Diretoria Geral de Administração), e que seu primeiro professor dessa disciplina foi o médico Luis Alberto Magna.
Maria Helena comentou que o que mais a impressionou na Unicamp foi o despojamento das pessoas que encontrou no campus no primeiro dia de aula. Ela também revelou que foi aprovada em engenharia agrícola, que não chegou a cursar, e que só depois resolveu fazer enfermagem. Falou do enorme esforço dos primeiros mestres que lecionavam ao mesmo tempo diversas disciplinas para cumprir às exigências curriculares. Saiba mais sobre a história do curso de enfermagem.