A Unicamp vai instituir o Conselho de Vivência, cuja atribuição será elaborar propostas que visem à melhoria da convivência e da segurança no ambiente universitário. O Conselho também fará o elo entre a comunidade interna, a Universidade e as autoridades públicas. O primeiro movimento nesse sentido será a realização, no próximo dia 20 de março, da primeira de uma série de reuniões durante as quais serão coletados subsídios para a formatação dessa nova instância. A participação é gratuita e aberta a todos os interessados. O encontro ocorrerá a partir das 13h, no auditório da Diretoria Geral de Administração (DGA).
De acordo com o reitor Marcelo Knobel, o objetivo das reuniões abertas, que se estenderão até junho, em diferentes locais (dentro e fora dos campi), é fazer com que o Conselho seja construído de forma colaborativa. “Queremos dar voz a todos os atores envolvidos com o tema, de modo a identificar as principais demandas relacionadas às questões da convivência e da segurança nas dependências da Unicamp. Esse tipo de participação é muito importante porque legitima as medidas a serem implementadas futuramente”, considera.
A titular da Secretaria de Vivência nos Campi (SVC), Rute Siqueira Alves, explica que as reuniões abertas serão acompanhadas por uma Comissão constituída por representantes das entidades e/ou órgãos internos e externos à Universidade, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE), a Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp), Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Associação das Repúblicas da Unicamp e Conselho de Segurança de Barão Geraldo, entre outros.
A Comissão será responsável por compilar as sugestões e apresentar uma proposta de formação do Conselho de Vivência. “A finalização desse processo ocorrerá durante o 1º Simpósio de Vivência da Unicamp, marcado para novembro, durante dois dias. Na oportunidade, serão promovidas palestras, mesas-redondas, oficinas e minicursos sobre diversos temas, que contarão com a presença de especialistas da Unicamp e de outras instituições. Queremos, entre outros pontos, estimular as pessoas a refletirem sobre a necessidade de transformarmos a cultura da violência numa cultura de convivência”, adianta Rute.
Responsável pela Diretoria Executiva de Administração (DEA), o professor Roberto Rodrigues Paes reforça a importância da participação dos integrantes da comunidade universitária e dos moradores do entorno dos campi no processo de criação do Conselho de Vivência. “A Unicamp não é uma ilha isolada do restante da sociedade. A Universidade está inserida no contexto social, e por isso é importante que ela se abra às sugestões e demandas de diferentes segmentos”, entende. A instituição do Conselho de Vivência é uma iniciativa prevista no Planejamento Estratégico (Planes) da Universidade.
Tanto o reitor Knobel quanto Roberto Paes assinalaram que muito provavelmente o Conselho apresentará propostas de ações de diversas ordens, mais e menos complexas, sendo que algumas sequer exigirão o aporte de recursos financeiros. “Pode ser que a promoção de mudanças em determinados procedimentos já seja suficiente para solucionar este ou aquele problema”, antevê o reitor. O calendário das reuniões abertas e outras informações sobre a criação do Conselho de Vivência podem ser conferidas no site da SVC.
