Os avanços tecnológicos das últimas décadas abalaram profundamente as formas de ensinar e aprender. Nas universidades, professores e estudantes são cotidianamente desafiados por novos aparatos e demandas. Incluir dispositivos tecnológicos na mediação do conhecimento já não é suficiente. É urgente a busca de novos paradigmas educacionais. É este mote do TecPrize 2018, promovido pelo Instituto Tecnológico de Moterrey (México), com apoio do Banco Santander, que oferece prêmios de até 2 milhões de dólares.
O TecPrize é uma plataforma virtual de competições globais que busca, por meio da ciência aberta, soluções inovadoras para melhorar a educação superior. Participam da iniciativa o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), a Universidade Nacional Autónoma de México (Unam), a Universidade de Glasgow (Reino Unido), a Universidade de Barcelona, a Universidade Autônoma de Buenos Aires, a Universidade Católica de Chile e agora também a Unicamp, recém-convidada a compor o Conselho de Assessores do Projeto. “É uma excelente oportunidade para Unicamp no sentido de expandir as fronteiras do impacto de sua atuação na geração conhecimento e, também, receber da sociedade estímulos e incentivos que possam orientar nossa reflexão e pesquisa”, observou Mariano Laplane, diretor executivo de relações internacionais da Unicamp. Segundo ele, a participação no conselho permitirá à Universidade contribuir e propor futuros desafios, em níveis locais, regionais e globais.
A competição deste ano será composta por três etapas. A primeira, “10x Learning Prize”, é um concurso de narrativas de ficção científica, no qual os participantes de todo mundo, independente de idade ou formação, são convidados a imaginar a educação em 2049 e contar sua história em quadrinhos, contos ou curtas-metragem. O melhor curta-metragem receberá o prêmio de 12 mil dólares e o melhor conto e a melhor história em quadrinhos, 4 mil cada. Os trabalhos devem ser submetidos até 27 de abril, na plataforma.
“Buscamos pessoas interessadas em gerar mudanças positivas e inovadoras, aqueles que não temem fracassos, que os vêm como oportunidades de aprendizagem, que gostam de desafios e trabalho duro”, destacou Salvador Alva, presidente do Instituto Tecnológico de Monterrey, para Unam Global, portal de notícias da Universidade Nacional Autónoma de México.
Nas etapas seguintes, pesquisadores, empreendedores e representantes da indústria tecnológica serão chamados a propor soluções e formas de implantação para os desafios que emergirem das histórias imaginadas na primeira etapa, com prêmios entre 100 mil e 2 milhões de dólares.