O Conselho Universitário (Consu) da Unicamp, órgão máximo deliberativo da Universidade, aprovou em sua primeira reunião de 2018, ocorrida nesta terça-feira (3), o orçamento relativo a 2017. De acordo os dados apresentados pela Administração Central, o déficit orçamentário da instituição no exercício foi de R$ 209 milhões, abaixo do projetado na segunda revisão orçamentária realizada em setembro do ano passado (R$ 290 milhões), mas ainda assim classificado como “preocupante” pelo reitor Marcelo Knobel. “Continuamos trabalhando para alcançar o equilíbrio orçamentário, mas ainda estamos longe dessa meta”, considerou o dirigente.
De acordo com Knobel, o fato de o déficit de 2017 ter ficado aquém dos prognósticos não significa dizer que a situação orçamentária da Unicamp seja confortável. “Ao contrário, as despesas continuam maiores que as receitas, o que exige muita atenção de nossa parte. Vamos dar sequência ao esforço de equilibrar as contas da Universidade”, assegurou o reitor.
Desde que assumiu a gestão da Unicamp, em abril de 2017, a atual Administração Central deflagrou várias medidas de contenção de despesas com vistas à redução do déficit orçamentário, provocado principalmente pela crise econômica do Brasil e a consequente queda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal fonte de receita da Universidade. “Adotamos iniciativas austeras, mas que se mostraram importantes para evitar que a situação financeira da Unicamp se tornasse ainda mais grave”, ponderou Knobel.
Na mesma sessão, o Consu aprovou a mudança de nome da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários para Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. O titular do órgão, professor Fernando Hashimoto, classificou a decisão dos conselheiros como “emblemática” para a Unicamp, que tem valorizado cada vez mais as atividades relacionadas à cultura.