Congresso internacional apresenta progressos de pesquisas em neurociências

Edição de imagem

Começou nesta segunda-feira (9), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o 5º Congresso Cepid Brainn (Brazilian Institute of Neuroscien and Neurotechnology). Durante três dias, pesquisadores nacionais e internacionais estarão na Unicamp apresentando os progressos de pesquisas na área de neurociência. Mais de 120 pesquisas serão expostas em forma de pôsteres e apresentações orais.

Algumas das conferências abordarão a genética e ancestralidade em populações, as técnicas de neuroimagem funcional, a neurotecnologia assistida para reabilitação de lesões neurológicas, estrutura do sistema nervoso central, entre outros temas relacionados à neurociência.

“Há inúmeras doenças que afetam a população de uma forma frequente, como perde memória, cognição, linguagem, epilepsia e tudo isso funciona sob o comando do sistema nervoso central. A neurociência é uma fronteira de conhecimento para desvendar como nosso cérebro e mente funcionam”, explicou o neurocientista Fernando Cendes, coordenador do Cepid Brainn.

O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, presente à solenidade de abertura que aconteceu na manhã de hoje (9) no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, destacou a importância do Cepid Brainn para a Unicamp. “Precisamos avançar na realização de trabalhos multidisciplinares e o Brainn é um exemplo bem-sucedido de integração entre diversas áreas do conhecimento. Isso pode ser feito com extremo sucesso em toda a Universidade”, destacou Knobel.

Medicina genômica
O primeiro palestrante do dia foi David Comas, pesquisador do Instituto de Biologia Evolutiva (IBE) da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, Espanha. “Pode parecer que a genética de populações não tenha relação com neurociências, mas, pelo contrário, tem tudo haver com o que pesquisamos, particularmente em medicina genômica”, revelou a geneticista da FCM Íscia Lopes-Cendes ao apresentar o pesquisador espanhol.

De acordo com Comas, se os genes de dois indivíduos forem comparados, 99,9% das sequências serão idênticas e metade será composta por repetições. Entretanto, ressaltou o pesquisador espanhol durante sua apresentação, quando se estuda alguma doença, principalmente rara, é necessário saber qual população está sendo analisada, pois a frequência é variável.

“Não é fácil fazer medicina genômica sem saber a diversidade de genes da espécie humana a sua distribuição entre as populações do planeta. No caso de doenças raras, não podemos afirmar que uma mesma variação seja comum a outra, pois algumas populações são mais suscetíveis a determinadas doenças que outras e isso impactará no tratamento ou prevenção”, revelou Comas.

O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, fala na abertura do evento
O neurocientista Fernando Cendes, coordenador do Cepid Brainn
A geneticista da FCM Íscia Lopes-Cendes
David Comas, pesquisador do Instituto de Biologia Evolutiva (IBE) da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona

twitter_icofacebook_ico

Comunidade Interna

Delegação conheceu pesquisas realizadas na Unicamp e manifestou interesse em cooperação internacional

A aula show com o chef e gastrólogo Tibério Gil sobre o papel da nutrição e da gastronomia na saúde da mulher contemporânea, nesta quinta-feira (7), abriu a programação que se estede até sexta-feira (8)

Atualidades

Segundo Maria Luiza Moretti, apesar do avanço verificado nos últimos anos, a ocupação de cargos de comando ainda é desigual entre homens e mulheres

Serão quatro anos de parceria, com seis vagas oferecidas a cada ano nos dois primeiros períodos; a oferta sobe para nove beneficiados nos dois anos seguintes

As publicações são divididas de maneira didática nos temas Saúde Geral da Mulher, Saúde Reprodutiva, Saúde Obstétrica e Saúde da Mulher Adolescente

Cultura & Sociedade

Para o reitor Antonio Meirelles, é necessário um compromisso político em favor da solução e o Brasil pode ter um papel de extrema importância nas soluções ambientais globais 

 

Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004