O evento Pint of Science, maior festival de divulgação científica do mundo, começa nesta segunda-feira, dia 14, em Campinas, com ampla programação em seis bares da cidades. Limeira e Piracicaba, onde há campi da Unicamp, também sediam o evento. Pint of Science prossegue até quarta, dia 16. No Brasil, neste ano, são 56 cidades participantes com expectativa de público de mais 50 mil pessoas. Pesquisadores de outros 20 países deixarão as bancadas dos laboratórios para ocupar mesas de bares e conversar sobre suas pesquisas com a população. A coordenação geral na cidade é do professor Luiz Carlos Dias, do Instituto de Química da Unicamp, em parceria com o Labjor (Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo) e a empresa de divulgação científica, Numinalabs. Nesta terceira edição em Campinas, serão 18 temas e 36 palestrantes nas áreas de saúde, humanidades e exatas. Como as fake news (notícias falsas) afetam sua vida e podem manipular eleições presidenciais do país, saber quais são e para que servem os grandes projetos da ciência brasileira como o Sirius e o pré-sal. Esses são alguns exemplos de temas a serem abordados. O público poderá esclarecer dúvidas, escolhendo assuntos que mais lhe despertam curiosidade e levantam polêmicas, como políticas de descriminalização de drogas, gênero, sustentabilidade urbana, mudanças climáticas, o temor e o entusiasmo pela inteligência artificial e raios cósmicos.
Veja a programação completa de Campinas em pintofscience.com.br/events/campinas
De acordo com Luiz Carlos Dias, o objetivo é criar um canal de comunicação direto entre os cientistas e a sociedade. “As pessoas querem saber e os cientistas querem falar fora das salas de aula e em linguagem mais informal e acessível”, explica. Durante o festival, os pesquisadores abordam conteúdos de forma descontraída, respondem perguntas e não há formalidades como inscrição ou emissão de certificados. Também não é preciso pagar entrada, apenas o que for consumido nos bares. “Escolhemos temas atuais e especialistas de altíssimo nível e destaque nas pesquisas realizadas no país, como Guillerme Estrella, José Roque, Marcelo Knobel, Natalia Pasternak, Paulo Artaxo, Eliezer Barreiro, Luís Fernando Tófoli, Vanderlan Bolzani, Fabiana Barreira, e os divulgadores científicos no YouTube, Pirula e Emílio Garcia”, destaca Dias. O Pint of Science surgiu em 2013, a partir da iniciativa de dois pesquisadores do Imperial College London. Os coordenadores e cientistas participantes não recebem remuneração.
Assista à reportagem da TV Unicamp, produzida no mês passado: