A Comissão de Planejamento e Acompanhamento Econômico (CPLAE) da Unicamp desenvolveu, em parceria com o professor Rodolfo Azevedo, do Instituto de Computação (IC), um modelo interativo que permite à comunidade interna e à sociedade em geral simular o comportamento das finanças da Universidade de 2018 até 2024.
O modelo prevê o valor das receitas e das despesas da Unicamp, o resultado anual (receitas menos despesas) e o total em caixa ao final de cada ano com base em possíveis variações do Produto Interno Bruto (PIB), do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que mede a inflação oficial do país – e da taxa de reajuste salarial. As previsões baseiam-se, ainda, na estimativa do volume anual de investimentos obrigatórios da Universidade – ou seja, aqueles que decorrem de contrapartidas de convênios assinados, por exemplo, com agências de fomento como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O modelo considera que a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aumentará em função do crescimento do PIB multiplicado pela taxa do IPCA. “Ao operar com o modelo, pode-se perceber como a situação financeira e o saldo de caixa da Unicamp podem ser gravemente afetados quando a evolução do PIB é reduzida a, por exemplo, 0,5% ou 1% ao ano”, diz o coordenador da CPLAE, Miguel Juan Bacic. “Esperamos que este modelo possibilite à comunidade da Unicamp fazer suas estimativas e ter ciência da delicada situação financeira da Universidade, bem como da sensibilidade dos resultados aos parâmetros PIB e IPCA.”