Negligência, abandono e violência física são as mais recorrentes formas de violência contra os idosos e os principais agressores seus filhos e netos, afirmou Sílvia Brito, presidente do Conselho Municipal do Idoso (CMI), na abertura do Seminário Violência contra a pessoa idosa, na manhã desta sexta-feira (15), no auditório da Faculdade de Ciências médicas (FCM) da Unicamp. O evento foi promovido pelo Programa UniversIDADE, em parceria com o CMI, e marcou o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. “Este seminário visa reunir esforços para juntos refletirmos sobre a situação”, afirmou Silvia.
Estiveram presentes Celso Kazuyuki Morooka, diretor executivo da Escola de Extensão da Unicamp; Kátia Stancato, coordenadora executiva do Programa UniversIDADE e o vereador Luiz Carlos Rossini. Entre os mais de 300 inscritos, foram registrados participantes de 67 cidades da região.
A programação do Seminário contou com a apresentação do Coral do Programa UniversIDADE, além de palestras abordando diversos olhares sobre o assunto, da área médica à legal. As repercussões jurídicas e sociais da violência contra os idosos foram abordadas pelo advogado Raphael Jorge Tannus, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Idoso, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas. “Adianta estar escrito que não é para matar, maltratar ou assediar financeira e psicologicamente os idosos? Não adianta. A gente tem que ter uma interação entre o que está escrito na lei e a efetividade dessas disposições legais. A palestra tem como objetivo conscientizar, não apenas os idosos, mas toda a sociedade, sobre essas questões”, afirmou Tannus.