Celebrando 40 anos de existência, começou hoje (10) o 21º Congresso de Leitura do Brasil (Cole). A cerimônia de abertura aconteceu no Centro de Convenções da Unicamp e contou com a presença do pró-reitor de pesquisa, André Furtado; da diretora da Faculdade de Educação (FE), Dirce Zan; da diretora da Diretoria de Cultura da Pro-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), Carmen Lúcia Rodrigues Arruda, além da organizadora do evento, professora da FE e presidente da Associação de Leitura do Brasil, Alik Wunder.
“O principal desafio do Cole é possibilitar o debate sobre a leitura de forma ampla, interdisciplinar e plural, de modo que a expressão literária e poética não sejam pensadas separadamente da ação política”, destacou Alik. Buscando refletir sobre Leituras Dissonantes, o congresso debaterá até sexta-feira (13) temas como literatura e feminismo, literatura indígena, infância e pós-colonialismo e voz, palavra e corpo do movimento negro (confira a programação).
Segundo Carmem Lúcia, o congresso se insere em uma séria de iniciativas que vêm sendo realizadas na Universidade a fim de ampliar a diversidade de suas vozes. Dentre elas, citou a aprovação das cotas étnico-raciais no vestibular, o vestibular indígena, a Cátedra dos Refugiados e o Pacto pelos Direitos Humanos. Ela ressaltou ainda a importância de “pensarmos a dissonância não como forma de conflito, mas como de possibilidade de construção”.
À mesa de abertura, seguiu-se a primeira conferência do evento “Territórios sonoros, geografias do deleite”. Entre canções e poesias, Déa Trancoso, da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, falou sobre a cultura, miscigenação e feminino, mesclando saberes tradicionais e acadêmicos.
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