A Reitoria apresentou uma nova proposta ao Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) durante reunião de negociação da pauta específica da categoria ocorrida na manhã desta terça-feira (10). Além de manter o reajuste salarial de 1,5% oferecido pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), o aumento do auxílio alimentação de R$ 850 para R$ 950 e a reposição do trabalho acumulado durante a greve, com a consequente emissão de folha complementar para pagamento dos valores descontados dos trabalhadores que aderiram ao movimento, a Universidade ofereceu mais R$ 20 sobre o auxílio alimentação, a serem pagos a partir de janeiro de 2019. Com isso, o benefício subiria para R$ 970.
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De acordo com o reitor Marcelo Knobel, que participou da reunião, a proposta será apresentada também à Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp). O dirigente lembrou que os itens que acarretem aumento de despesas para a Universidade terão que ser submetidos à avaliação do Conselho Universitário (Consu), órgão máximo deliberativo da instituição. Knobel lembrou aos sindicalistas, mais uma vez, que o conjunto de propostas representa um grande esforço por parte da Unicamp, que enfrenta uma grave crise financeira. O déficit orçamentário previsto para 2018 é de R$ 239 milhões.
Embora possa parecer pequeno à primeira vista, o novo reajuste de R$ 20 para o auxílio alimentação representa um gasto adicional para a Universidade de R$ 2.292.000,00 em 12 meses. “Nossa expectativa é que essa proposta adicional seja aceita pelos trabalhadores, e que a greve seja encerrada. Chegamos ao limite das nossas possibilidades. Temos que ter responsabilidade com o equilíbrio financeiro da instituição e com a manutenção das suas atividades”, ponderou Knobel. O STU informou que levará a proposta para ser discutida na assembleia da categoria, que será realizada nesta quarta-feira, às 10h.