Representantes da Reitoria e do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (12) para tratar dos procedimentos relacionados ao retorno dos servidores técnico-administrativos ao trabalho, após o encerramento da greve da categoria, aprovada em assembleia no dia anterior. Na oportunidade, o chefe de gabinete, professor Joaquim Murray Bustorff Silva, detalhou quais providências foram tomadas por parte da Universidade.
De acordo com o chefe de gabinete, a Administração Central cumpriu o compromisso assumido no item 6 da proposta de negociação aprovada pelos trabalhadores, composta por dois pontos. O primeiro foi orientar cada gestor das unidades e órgãos da instituição a negociar com os funcionários a melhor forma de reposição dos dias parados - por meio da compensação das horas não trabalhadas ou do trabalho acumulado, onde esta medida couber.
Além disso, a Unicamp também determinou à Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH) a emissão de uma folha complementar para pagamento dos valores descontados dos trabalhadores que aderiram à greve. O holerite estará à disposição para consulta online dos funcionários a partir da tarde desta sexta-feira. O dinheiro estará depositado nas contas dos servidores na segunda-feira. Normalmente, esse tipo de procedimento leva cinco dias para ser concluído, mas a DGRH fez um esforço adicional para reduzir o prazo.
Os sindicalistas concordaram com as providências tomadas, e informaram que orientariam a categoria a retornar ao trabalho ainda nesta quinta-feira. Além de 1,5% de reajuste salarial oferecido pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), a Unicamp propôs um reajuste escalonado no auxílio alimentação, que prevê um aumento de R$ 100,00 a partir de 01/07/2018 (passando a R$ 950,00), acrescido de mais R$ 20,00 a partir de 01/01/2019 (passando a R$ 970,00 a partir desta data).
A Universidade também propôs que 10% do excedente (sobre o previsto na PDO) da arrecadação do ICMS em 2018, descontados o reajuste de 1,5% e o aumento no auxílio alimentação, sejam destinados às carreiras (docentes, funcionários e pesquisadores) de modo anualizado a partir da segunda revisão orçamentária. A Reitoria se comprometeu, ainda, em manter aberto o canal de discussão com o STU para tratar dos demais itens da pauta específica dos trabalhadores, como a gratuidade do transporte fretado e a melhoria das condições de trabalho na área da saúde.
