Representantes da Reitoria e do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira (19) para tratar de questões relativas à greve dos servidores técnico-administrativos, encerrada oficialmente pela categoria no dia 11 de julho. No encontro, os sindicalistas solicitaram que a Universidade cancelasse a anotação de falta ao trabalho dos funcionários que não retornaram às atividades nos dias imediatamente posteriores ao fim do movimento.
O chefe de gabinete da Reitoria, professor Joaquim Murray Bustorff Silva, explicou aos dirigentes sindicais que a Unicamp não pode fazer o pagamento dos dias não trabalhados fora do contexto da greve, sob pena de cometer uma ilegalidade. Ele lembrou que a Unicamp cumpriu de forma estrita com o acordo firmado com os trabalhadores.
O acordo previa a emissão de folha complementar e a consequente definição de um plano de compensação dos dias não trabalhados durante a greve, seja por meio de reposição das horas ou do trabalho acumulado, onde este coubesse. “Isso foi feito, com o compromisso de que os servidores retornassem ao trabalho no dia 12, quinta-feira. Ocorre que uma parcela da categoria reassumiu seus postos somente na segunda-feira posterior, dia 16”, ponderou o chefe de gabinete.
O STU alegou que muitos servidores não vieram trabalhar logo após o fim do movimento porque não dispunham de recursos financeiros. Diante do argumento, Bustorff pediu para que o Sindicato elaborasse um ofício com a solicitação de cancelamento das faltas, mas anexando uma relação dos funcionários que se enquadravam nessa situação. “Assim, nós poderemos analisar caso a caso. A Reitoria não terá problema em anular a anotação de falta em relação àqueles que justificarem a ausência”, assegurou. O STU ficou de encaminhar o documento o mais breve possível.