Existente na agenda anual da Unicamp há 15 anos, o Encontro com Professores do Ensino Médio, realizado pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), reuniu participantes das redes pública e privada do estado de São Paulo, no sábado, dia 4 de agosto, no Ciclo Básico. Durante todo o dia, eles se dividiram em turmas e participaram de oficinas específicas sobre as provas de Matemática, Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, Química, Física, Biologia, História, Geografia e Inglês.
Conduzidas por docentes especialistas da Unicamp, as aulas foram momento de “tira-dúvidas” sobre critérios de avaliação, processos de correção, conteúdos abordados e o que esperar dos candidatos. De acordo com Márcia Mendonça, coordenadora acadêmica da Comvest, o evento é uma oportunidade para o professor preparar melhor seus alunos para o vestibular. “O material básico reúne provas comentadas, resolução das questões e reflexão sobre índice de erros e acertos, a partir de troca de experiências”. Em comum, as oficinas reforçaram a importância do domínio de leitura e interpretação de texto articulados com conhecimentos específicos.
Por conta das novidades no ingresso à Unicamp a partir de 2019, o encontro também incluiu apresentação geral sobre temas como Vestibular Indígena, Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS), Edital Enem, desempenho nas olimpíadas científicas, Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFis) e adoção de cotas étnico-raciais, feita pelo professor José Alves de Freitas Neto, coordenador executivo da Comvest, a todos os participantes. “Queremos elucidar com quem está cotidianamente com esses candidatos de que forma as mudanças podem impactar nas provas no sentido pedagógico”, explica. De acordo com Alves, a preocupação central é “atrair os melhores estudantes, a partir da real representatividade da sociedade”.
Milena Baldo, Élcio Silva e Francisco Amaro são, respectivamente, professores de Língua Portuguesa, História e Geografia da Escola Salesiana São José, em Campinas. Amaro também leciona no cursinho popular TRIU, no distrito de Barão Geraldo. “Voltamos para a escola com a proposta de trabalhar melhor a leitura de enunciados das questões, além de interpretar e relacionar fatos históricos diversos”, comentam os educadores.
Vindas de São Roque, a cerca de cem quilômetros de Campinas, as professoras da rede pública Roseli Ota e Edna França se inscreveram, pela segunda vez, na oficina de Língua Portuguesa e focam na segunda fase do processo seletivo, em que há questões dissertativas. “Queremos ir além da etapa de Redação e prepará-los para elaborar respostas mais claras em todas as disciplinas”, explicam.
Matemática é a área de licenciatura de Aparecido Dias, de Santa Bárbara D’Oeste, e de Claudia M. Oliveira, do município de Americana, ambos da rede pública. Claudia destaca que apenas 10% de seus alunos têm interesse em prestar vestibular, mas faz questão de comparecer aos encontros anuais. “Volto com dicas sobre controle de tempo durante a prova e informações mais gerais, como isenção nas taxas de inscrição e possibilidades de bolsas-auxílio durante a graduação”. Para Aparecido, o estímulo existe também ao professor. “Esse contato com a universidade rende sugestões de inovação dentro da sala de aula em termos de conteúdo e linguagem”, conclui.
O Vestibular Unicamp segue com inscrições abertas até dia 31 de agosto. A Unicamp oferece 3.340 vagas distribuídas em 69 cursos para ingresso em 2019, sendo 2.589 vagas no Vestibular. Saiba mais na página da Comvest.