A médica residente do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas (DTG-FCM) da Unicamp Nicoli Serquiz de Azevedo acaba de obter a primeira colocação no exame nacional para Título de Especialista em Mastologia (TEMa). A atividade aconteceu durante o 21º Congresso Brasileiro de Mastologia, realizado há poucos dias em Belém, no Pará.
Nicoli participou da primeira fase do exame com 116 candidatos e foi a primeira entre os dez que obtiveram as melhores colocações. Danielle Cristina Miyamoto Araújo, aprovada em segundo lugar neste ano, também fez a residência no Caism em ginecologia e obstetrícia (GO), com residência médica em mastologia em São Paulo, capital. Fernanda Madrassi Campora, que terminou a residência de mastologia no ano passado, também foi aprovada e recebeu o título de especialista em mastologia.
Esse é o segundo ano consecutivo que residentes do Programa de Residência Médica em Mastologia do DTG conseguiram as melhores colocações no exame nacional do TEMa. Em 2017, Natalie Rios Almeida também ficou com o primeiro lugar entre os aprovados com distinção.
O título de especialista em Mastologia é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina - CFM, em cooperação com a Associação Médica Brasileira (AMB). A avaliação dos candidatos é bastante rigorosa e exige como pré-requisito a conclusão de estágio de especialização em mastologia em instituição reconhecida pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Segundo o mastologista Cássio Cardoso-Filho, que é o supervisor dos residentes de mastologia do departamento, o aluno faz a graduação em medicina, residência em ginecologia ou em cirurgia geral e faz outros dois anos (correspondentes a R4 e R5) de residência em mastologia. Esse médico então presta o título de especialista em mastologia já com o certificado de que cursou a residência na área. Trata-se de uma prova de título necessária para todas as especialidades médicas, aplicada por uma comissão composta por membros da AMB.
“Dos títulos de especialista, o TEMa é um dos mais disputados do país, não só por causa da concorrência ou pelo número reduzido de vagas. O candidato tem que mostrar proficiência pois, do contrário, é reprovado. Considera-se mastologista somente o médico portador do título de especialista conferido pela SBM”, ressalta Cássio.
Ele comenta que os alunos da residência em Mastologia costumam ser muito bem-colocados por várias razões. “Nosso curso é o mais completo. Temos tudo no nosso hospital, da parte cirúrgica ao pré e ao pós-operatório. Os alunos que vêm para cá já sabem que a residência aqui é forte e que o empenho deles dependerá dessa qualidade. Por isso, os residentes não só cumprem a carga horária estipulada como se empenham nas atividades extraclasse.”
Além disso, Cássio conta que o Caism tem uma área de radioterapia, quimioterapia e contempla todos os aspectos necessários para ser um hospital de ponta e dar uma boa formação profissional. “Também a parte científica é sólida e o volume cirúrgico é maior. Os alunos operam mais e, por isso, operam melhor e têm mais casos clínicos.”
A formação do mastologista, desde a graduação, é de pelo menos 11 anos, sem falar do mestrado, do doutorado e do pós-doutorado. “Como o mastologista é um cirurgião, então de fato ele precisa de uma formação mais robusta e buscar sempre estar atualizado”, constata ele.
Cássio se diz orgulhoso dos bons resultados na prova de título e comenta que eles são reflexo do trabalho em equipe. “Quando temos resultados positivos como esse, eles primeiramente mostram que estamos no caminho certo e aí então não cabe acomodação. Temos que continuar andando pelo caminho certo.”
