O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Ricardo Alexandre Almeida Bocalon, esteve na Unicamp nesta quarta-feira (29). Ele foi recebido pelo reitor Marcelo Knobel, pela coordenadora-geral da Universidade, Teresa Atvars, e por integrantes da Administração Central. Bocalon informou que está visitando as três universidades estaduais paulistas com o objetivo de promover uma aproximação entre as instituições e a sua Pasta. “Queremos estabelecer uma agenda com o propósito de contribuir com as universidades naquilo que for possível”, afirmou o secretário, que disse ter conhecimento das dificuldades financeiras enfrentadas pelas escolas superiores estaduais.
Durante o encontro, Marcelo Knobel expôs a Bocalon aspectos relacionados à gestão da Unicamp. Segundo o reitor, o quadro financeiro da Universidade “é muito preocupante”. Por causa das restrições orçamentárias provocadas pela queda da arrecadação do ICMS, informou o dirigente, a Universidade encerrará 2018 com um déficit da ordem de R$ 240 milhões. “Além disso, nós temos outras pressões importantes sobre o orçamento. Atualmente, 35% das receitas orçamentárias são destinados ao pagamento de aposentados e pensionistas e outros 20% para cobrir os custos da área da saúde, responsável pelo atendimento de uma região onde vivem seis milhões de pessoas”, relacionou.
Marcelo Knobel aproveitou a oportunidade para pedir a Bocalon apoio para algumas questões, entre elas a inclusão na Lei Orçamentária Anual (LOA), para o exercício de 2019, de um parágrafo tratando da compensação previdenciária, que consiste no repasse de recursos da União para os estados, destinados ao pagamento de inativos. O secretário ficou de levar o assunto para análise no âmbito do governo paulista. A coordenadora-geral da Universidade explicou a Bocalon que a instituição tem feito a lição de casa para enfrentar as atuais dificuldades financeiras.
Segundo Teresa Atvars, a Unicamp adotou uma série me medidas voltadas à contenção de gastos. Entre elas, promoveu um corte linear de 30% no pagamento das gratificações e renegociou contratos com fornecedores e prestadores de serviços. “Nós não deixamos de fazer contratações, mas temos analisado com uma lupa cada necessidade que surge”, acrescentou. O secretário se comprometeu a fazer esforços para buscar “soluções conjuntas que possam trazer benefícios às universidades e, como consequência, à sociedade”.