Dez dias de atenção para o Lixo Zero

Facilitadores ambientais do programa Lixo Zero mostram caneca distribuida no CCUEC
Facilitadores ambientais do CCUEC. Rosângela Vialta mostra caneca distribuída a todos os funcionários

A Unicamp promove, entre os dias 14 e 24 deste mês, seu primeiro evento Lixo Zero. Por meio do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), as unidades de ensino, pesquisa e extensão foram convidadas a articular ações para diminuir o desperdício e o excessivo descarte de materiais recicláveis. Haverá a suspensão do fornecimento de itens plásticos como copos e mexedores de café em vários locais e também outras atividades como a distribuição de canecas em pontos específicos. (Veja aqui a programação nas unidades).

O período escolhido para as ações vai abranger o Dia Mundial da Limpeza das Águas (15/9), o Dia da Árvore (21/9) e o Dia Sem Carro (22/9). O movimento Lixo Zero é mundial e procura chamar a atenção para a necessidade de se aproveitar ao máximo os resíduos recicláveis e orgânicos, além de dar-lhes a destinação ambientalmente adequada. O objetivo final é o de reduzir ou até eliminar o envio desses resíduos para os aterros sanitários ou a incineração.

“A ideia é acabar com o lixo e não com o resíduo” explica a professora Emilia Wanda Rutkowski coordenadora da Câmara Técnica de Gestão de Ambiente Urbano (CTGAU). Segundo ela, o resíduo é passível de ser aproveitado, tratado, reciclado, enquanto o lixo não, porque recebe uma mistura de coisas, orgânicas ou não.

Rutkowski também é coordenadora do Laboratório Fluxus, da Faculdade de Engenharia Civil (FEC) e moderadora de uma série de oficinas realizadas pelo GGUS para discutir a questão do lixo na Universidade. Dessas oficinas surgiram algumas das boas práticas que estão ganhando visibilidade na página do GGUS na internet. (Veja aqui).

Professora Emilia está sentada em frente a um cartaz do programa Lixo Zero
A professora Emília Rutkovski explicou a diferença entre lixo e resíduo

De acordo com a docente e pesquisadora, desde a década de 1980 a Unicamp se destaca por pesquisas e ações relacionadas à sustentabilidade. “A área hospitalar da Universidade já foi referência por um trabalho desenvolvido com personagens da ‘Turma da Mônica’. A Unicamp também foi a primeira universidade a lidar com seu passivo de resíduos e a primeira universidade a fechar o seu lixão. Também está previsto no planejamento estratégico que a Universidade será um laboratório vivo para a sustentabilidade”, afirma.

O Lixo Zero será, na opinião de Rutkovski, o movimento que irá aglutinar todas as ações preocupadas com a questão do lixo na Unicamp. Em uma reunião no GGUS “facilitadores ambientais”, como são chamados os representantes das unidades/órgãos que participaram das reuniões do programa Lixo Zero, contaram um pouco das experiências que já vêm desenvolvendo.

No Gabinete do Reitor (GR), no Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) ou no Centro de Computação da Unicamp (CCUEC) os copos plásticos e mexedores de café já não são mais usados ou são usados em um número muito pequeno quando há necessidade. As canecas substituíram os copos e geralmente cada um tem a sua. A organização do Trote da Cidadania também incentiva o uso de canecas com a distribuição do utensílio. No Restaurante Universitário a partir da segunda-feira, 17, todas as segundas-feiras serão “sem copo” plástico.

Edital

O GGUS está lançando um concurso para escolher o logotipo oficial do programa Unicamp Lixo Zero. O edital está disponível no site do órgão e as inscrições vão até a próxima sexta-feira, 14. Acesse.

mesa de reunião com mais de dez pessoas em volta discutindo o tema Lixo Zero
Reunião de divulgação de ações do programa, no GGUS

 

 

Imagem de capa
Reunião de facilitadores para a sustentabilidade

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004