A Unicamp foi convidada pela Shanghai University of Electric Power (SUEP) a integrar uma parceria tripartite na área de energia, que inclui a CPFL Energia, somando-se assim a um consórcio de universidades de várias partes do mundo que dão sustentação tecnológica ao ambicioso projeto de infraestrutura do governo da China chamado de “One Belt One Road”. Durante a visita de uma delegação chinesa na tarde de segunda-feira, o professor Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, o professor Mingfu Li, presidente do Conselho Universitário da SUEP, e Andre Dorf, presidente da CPFL Energia, assinaram uma carta de intenções visando consolidar a cooperação internacional. Em outubro, uma representação da Unicamp irá à China para dar prosseguimento às conversações.
“A SUEP é uma universidade especializada nesta área de energia e tem dado assistência técnica para a empresa estatal chinesa State Grid, que por sinal é a nova proprietária da CPFL. A parceria tripartite se materializa com a assinatura desta carta de intenções. Começando a olhar juntos para um memorando de entendimento mais ambicioso e de médio prazo”, informa o professor Mariano Laplane, diretor executivo de Relações Internacionais, que vem intermediando o acordo juntamente com o professor Quinxiang Gao, diretor do Instituto Confúcio da Unicamp.
Entre os objetivos das negociações estão identificar áreas mutuamente benéficas de colaboração, possíveis programas de intercâmbio de professores, programas acadêmicos visitantes, programas conjuntos em áreas específicas e explorar a colaboração em conferências internacionais. A expectativa de Mariano Laplane é de que seja possível avançar nos entendimentos pelo memorando até a viagem do reitor Marcelo Knobel à China, no próximo mês. “Mas já está feito o convite à Unicamp para integrar uma rede de universidades que apoiam tecnologicamente o projeto de infraestrutura chinês.”
O referido consórcio é o ADEPT (Fórum Acadêmico Internacional para o Desenvolvimento de Tecnologias de Energia Elétrica), fundado em outubro de 2013 e que consiste atualmente de universidades de energia de oito países. Sua proposta é desempenhar um papel de liderança no desenvolvimento global de energia através de uma aliança internacional para construir uma plataforma interativa entre a academia, governos e empresas. “Vamos avaliar as reais vantagens de a Unicamp participar desse consórcio, já que energia é um tema básico de infraestrutura em que unidades como das engenharias elétrica, civil, mecânica e da computação são potencialmente interessadas”, finaliza Laplane.