Autonomia universitária e liberdade acadêmica afirmaram-se como os dois principais valores defendidos pelas universidades signatárias da Magna Carta (Magna Charta Universitatum), documento internacional que estabeleceu os princípios fundamentais das escolas superiores, em 1988. Os 30 anos da primeira edição do documento foram celebrados na Universidade de Salamanca, em setembro, com representantes de algumas das mais importantes universidades do mundo, dentre os quais o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel. Na ocasião, comemorou-se também os 800 anos da Universidade espanhola.
“A ideia é trazer a discussão do que seriam esses valores em um contexto atual. Quais são os valores importantes hoje, que não estavam colocados no documento original? A questão da inclusão, da equidade, da diversidade são alguns exemplos de temas que precisamos debater atualmente”, explicou Knobel.
A rediscussão dos valores estabelecidos pela Magna Carta deve ser levada a cabo por cada uma de suas 891 universidades signatárias, incluindo as 75 incorporadas durante o evento. A Unicamp, única latino-americana a dar início ao debate localmente, apresentou o projeto-piloto Valores Vivos, que teve início em maio. De acordo com o reitor, o objetivo do projeto é identificar os valores realmente “pensados e vividos pela comunidade universitária local”. Para Knobel, esta é uma discussão fundamental que deverá embasar os debates sobre avaliação institucional e planejamento estratégico na Universidade.
Marcelo Knobel conta mais sobre sua visita à Universidade de Salamanca no "Unicamp Direto ao Assunto", programa da Rádio Web Unicamp.
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