A Unicamp disponibilizará nos próximos dias à comunidade interna uma consulta pública para coletar contribuições ao processo de elaboração do seu Planejamento Estratégico em Tecnologia da Informação (TI). O objetivo da Administração Central é consolidar o documento ainda este ano, com vistas à constituição de uma Universidade totalmente digital até 2020. A meta está alinhada ao Planejamento Estratégico (Planes) geral da instituição, que fixa como um dos seus objetivos a excelência na gestão.
De acordo com a coordenadora-geral e reitora em exercício da Unicamp, professora Teresa Atvars, a consulta pública será dirigida mais especificamente aos profissionais que atuam na área de TI nas unidades e órgãos da Universidade. A medida dá sequência a um workshop realizado no último mês de agosto, oportunidade em que várias questões relacionadas ao Planejamento Estratégico em TI foram discutidas, inclusive com a participação de usuários. “É muito importante ouvir todos esses atores, para que possamos construir uma proposta qualificada e alinhada com as necessidades da Unicamp”, afirma a dirigente.
Após a coleta das sugestões, um novo workshop será realizado no dia 12 de novembro, quando o documento deverá ser consolidado. “Embora a TI na Universidade seja descentralizada nas unidades e órgãos, nós queremos que essa área funcione como uma rede. Isso é muito importante porque muitos dos nossos projetos estratégicos têm como base a Tecnologia da Informação. Se esse segmento não for bem planejado, poderemos enfrentar problemas futuramente”, pondera a reitora em exercício.
Os trabalhos em torno do Planejamento Estratégico em TI estão sendo conduzidos por uma equipe coordenada pelo professor Paulo Lício de Geus. Um desafio que já vem sendo enfrentado, conforme o docente, é fazer com que os diversos sistemas digitais da Universidade possam atuar de forma integrada. “Estamos trabalhando há seis meses nesse sentido, com bons resultados. Um primeiro aspecto a ser destacado é que tem ocorrido uma excelente integração entre equipes de diferentes unidades e órgãos. Paralelamente, também estamos buscando o máximo de integração entre os sistemas. Queremos que eles conversem entre si durante todo o andamento das ações. Um dos nossos desafios, por exemplo, é acabar com as chamadas pastas azuis”, relata o docente, referindo-se às pastas que contêm os processos administrativos em papel.
A professora Teresa Atvars anota que o avanço em direção a uma Universidade totalmente digital não trará ganhos somente para a rotina administrativa. “Os ganhos serão gerais, inclusive para a área acadêmica, visto que muitos procedimentos também dependem da Tecnologia da Informação. Vamos imaginar a nossa área de assistência à saúde. Quando falamos de prontuários eletrônicos, estamos falando também em facilitar a vida de médicos e pacientes. Nossa ideia é organizar da melhor forma possível o segmento de TI na Unicamp, que é grande e consome um volume de recursos substancial. Queremos planejar para tomar as melhores decisões em benefício da Universidade”, pontua a reitora e exercício.
Um aspecto que deverá merecer atenção especial por parte do Planejamento Estratégico em TI, acrescenta o professor Paulo de Geus, é a necessidade de a Unicamp utilizar mais softwares comerciais. Ele explica que a medida contribui para reduzir as despesas da universidade. “Quando a Universidade desenvolve as suas próprias soluções, ela fica obrigada a manter toda uma estrutura de suporte para garantir, entre outros aspectos, a atualização dos programas. Isso é muito caro. Quando compramos um produto de prateleira, essa responsabilidade é da empresa fornecedora, que pulveriza seus custos entre seus milhares de clientes”, compara. “A ideia é que passemos a desenvolver internamente somente o que for absolutamente necessário. O que não for necessário, buscaremos no mercado. A decisão será técnica”, completa a professora Teresa Atvars. Também integram a equipe responsável pela elaboração do Planejamento Estratégico em TI os profissionais Alexandre Henrique de Melo e Silviane Duarte Rodrigues.