A viagem de uma delegação da Unicamp à China, liderada pelo reitor Marcelo Knobel entre os dias 9 e 21 de outubro, rendeu acordos promissores com várias instituições daquele país. O reitor destaca dois deles: uma negociação junto à Beijing Jiaotong University, em torno do novo curso de engenharia de transportes da Faculdade de Tecnologia de Limeira; e outro assegurando o apoio da sede do Instituto Confúcio para a tradução, pela Editora da Unicamp, de obras clássicas chinesas.
“Temos um relação especial com a Beijin Jiaotong, que é nossa parceira no Instituto Confúcio. Especializada em transporte, a universidade rapidamente se interessou pelo novo curso e um pessoal da FT está indo para a China. Temos a base de boa colaboração para o futuro”, afirma Marcelo Knobel. “Também estivemos na Academia Chinesa de Ciências Sociais, discutindo a possibilidade de ter uma sede dessa entidade poderosa e atuante aqui na Unicamp.”
O Instituto Confúcio na Unicamp, que promove anualmente viagens de delegações da Universidade para atividades acadêmicas na China, organizou a agenda aproveitando convite feito previamente a Marcelo Knobel para um simpósio na Shangai University of Eletric Power. Recentemente, uma comitiva desta instituição chinesa esteve em Campinas para firmar um acordo tripartite na área de energia com a Unicamp e também a CPFL.
Segundo Angélica Cristina Torresin, da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri), foram assinados quatro acordos: um memorando de entendimento com a Chinese Academy of Social Sciences (CASS) para instalação, na Unicamp, de um centro de estudos sociais da China; com a Pequim University, ampliando um acordo de mobilidade já existente, mas agora incluindo a ida também de estudantes da Unicamp para aquela instituição; com a Shangai University of Eletric Power para intercâmbio de estudantes e de docentes; e o apoio da sede do Instituto Confúcio para a tradução de clássicos da literatura chinesa, com selo criado pela Editora da Unicamp.
Peggy Yu Pin Fang, assistente do Instituto Confúcio que acompanhou a delegação da Unicamp, informa que os professores brasileiros visitaram várias instituições chinesas, por vezes em bloco e em outras conforme as áreas de interesse, concedendo palestras e interagindo com alunos, como na Beijing Jiaotong University. “A professora Mônica Fontana, do IEL, conversando com professores de língua portuguesa naquela universidade, pôde estabelecer um plano de mobilidade não só discente como docente, visando enviar nossos professores e doutorandos para lá lecionarem ou completarem sua formação”, exemplifica
Os demais professores da delegação foram Marcelo Villalva (FEEC), Milena Serafim (FCA), Newton Frateschi (IFGW e Inova), Tom Dwyer (IFCH), Bruno Conti (IE) e Rodrigo Sabbatini (Facamp). Conforme Peggy Fang, as conversas na sede do Instituto Confúcio foram igualmente muito bem sucedidas. “O diretor para Mobilidade nas Américas atendeu a várias solicitações nossas e convidou a Unicamp a participar de fóruns do Instituto Confúcio nos países do BRICS e também nos países lusófonos. A Unicamp pode desempenhar papel importante na formação em língua portuguesa de professores chineses, juntamente com a Universidade de Macau, para onde o professor Marcelo Knobel irá no fim do ano, dando andamento a essa parceria.”