Evento comemora 30 anos do Laboratório de Óleos e Gorduras

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Público de evento olhando exposição de posteres de pesquisas
Sessão de pôsteres: pesquisas sobre óleos da Amazônia e do Cerrado 

O Laboratório de Óleos e Gorduras (LOG), vinculado à Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, está completando 30 anos de existência com um evento para discutir cenários futuros para a área. O “Simpósio Internacional Óleos e Gorduras para o Futuro: Próxima Década”, realizado em dois dias, se encerra nesta quinta-feira (04), em um dos auditórios do Vitória Hotel Concept em Campinas.

O professor Daniel Barrera Arellano, um dos fundadores do Laboratório, destaca que os pesquisadores da área estão preocupados, sobretudo, em gerar tecnologias para o uso de gorduras mais saudáveis pelas indústrias, com a redução de saturados.  “Estamos debatendo aqui quais óleos serão utilizados, o que vamos pesquisar e com quais equipamentos e métodos de análises”.

Arellano refletiu sobre o crescimento das pesquisas na área e a responsabilidade do laboratório da Unicamp na geração de conhecimento e tecnologia em óleos e gorduras. A atual chefe do LOG, Ana Paula Badan, ressaltou que o laboratório é referência no Brasil nos estudos na área e um centro direcionado ao setor produtivo. Há também a preocupação de divulgação de conhecimento com eventos para o público em geral.

“No simpósio tratamos do mercado de oleaginosas e de ingredientes para a indústria de óleos e gorduras. Temos uma sessão especial sobre novas tecnologias e pesquisas, debates sobre processos sustentáveis e ambientalmente corretos, as expectativas em nutrição e as técnicas analíticas que vão nortear o futuro de óleos e gorduras”, afirma a professora.

Palestrante em auditório apresenta trabalho para a plateia
Palestrante James Fry, da LMC International, falando sobre o óleo do palma

Houve, segundo ela, dois ciclos importantes de trabalho no passado em relação à pesquisa de óleos e gorduras. Primeiro veio a preocupação com a redução de gorduras trans presentes em alimentos processados. Este ciclo estaria sendo finalizado recentemente com novas legislações. “Nosso laboratório já colocou na indústria e no setor produtivo todo conhecimento que geramos para a redução de gorduras trans”.

O segundo ciclo de trabalho do laboratório foi iniciado há cerca de 10 anos com pesquisas sobre os oleogéis que são potenciais substitutos da gordura trans. “Nós partimos de óleos vegetais poli-insaturados que são estruturados como oliogéis e tem características físico-químicas e tecnológicas de aplicação de uma gordura saturada. Nesse sentido o laboratório já desenvolveu um bom portifólio de produtos”. Mais recentemente a exploração de fontes vegetais como óleos da Amazônia ou do Cerrado e os processos mais sustentáveis são preocupações dos pesquisadores.

Outra novidade apresentada no simpósio comemorativo é o projeto de transformação digital do Laboratório por uma empresa especializada em automação. Um dos responsáveis pela empresa, Leonardo Fonseca, apresentou um simulador do processo de cristalização de óleos. “Estamos trazendo a internet das coisas para a simulação de um processo que é uma das principais vertentes do laboratório”.

Professores do Laboratório e dirigentes da FEA; Há seis pessoas em pé, em frente ao palco do auditório
Dirigentes da Faculdade de Engenharia de Alimentos e membros do Laboratório: 30 anos dedicados aos óleos e gorduras
Representante da empresa mostra sistema com celular em mãos e telão ao fundo
Leonardo Fonseca mostra sistema que simula fenômeno da cristalização

 

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