A Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH) da Unicamp lançou, no último dia 15, o programa “Unicamp Solidária com as pessoas, com o planeta”. O objetivo é levar a comunidade universitária a discutir seu papel na valorização da prática dos direitos humanos, dentro e fora da Universidade. “Queremos levar a comunidade a valorizar o fato de que as atividades universitárias têm um papel fundamental na tradução dos direitos humanos de um grupo de ideias, em práticas com impacto positivo na vida das pessoas”, pontuou Néri de Barros Almeida, diretora executiva da DeDH.
O programa convida a comunidade a participar por meio de três grupos de ações. O primeiro abrange atividades promovidas pela Diretoria Executiva de Direitos Humanos, como cursos, oficinas, conferências, atividades de empatia, entre outros. O segundo é constituído por iniciativas dos órgãos e unidades da universidade que podem ser livremente definidas pela comunidade local segundo seus interesses: seminários, conferências, oficinas, rodas de conversa, eventos artísticos e culturais, etc. O terceiro é composto por atividades estabelecidas conjuntamente pela DeDH e os unidades ou órgãos. A diretora fará apresentação do programa aos representantes das Unidades e órgãos no próximo dia 29, das 14 às 16 horas, no CB1-AE2 (Ciclo Básico).
“Estamos convidando unidades e órgãos a se envolverem nessa proposta, discutindo os direitos humanos, a partir do interesse, identidade e demandas locais”, explicou Néri. De acordo com a diretora executiva, as atividades podem ser científicas, educacionais ou culturais, variando de uma roda de conversa a um evento, ou conferência. A temática também é abrangente e deve ser definida pela demanda local.
Entre as atividades realizadas pelo ODH, destacam-se oficinas desenvolvidas em parcerias com o Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizado (EA2) – a primeira acontece dia 02/05 - e cursos em conjunto com a Escola de Educação Coorporativa (Educorp) – o segundo está programado para acontecer a partir da última semana de maio. “Precisamos ter pessoas envolvidas com a defesa da prática dos direitos humanos no cotidiano da universidade”, pontuou. As atividades também visam dialogar com o ensino oferecido pela Universidade. “Não estamos propondo conteúdos curriculares, mas uma presença dos direitos humanos na reflexão sobre como e o que ensinamos”, afirmou Neri.
A importância de ações de empatia também foi ressaltada pela coordenadora do programa. “Se não colocamos em questão as barreiras à empatia, fica muito mais difícil cruzar alguns limites que impedem que os direitos humanos sejam plenamente respeitados. Não estou falando em violações graves aos Direitos Humanos tipificadas pela lei para as quais existem recursos legais que devem ser respeitados, mas no avanço dos direitos humanos na cultura cotidiana”, enfatizou. De acorno com Néri, a arte pode ser uma importante aliada nesse trabalho. “Ela é um atalho, porque realiza de maneira muito mais rápida e profunda o questionamento dos conceitos adquiridos, a conscientização para seus conteúdos e a transformação dos sujeitos”.