Política da educação digital é debatida na Unicamp

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Os desafios da Educação Digital no Ensino Superior foram tema de debate na última terça-feira (30), na Unicamp. Promovido pelo Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE), o evento teve como objetivo discutir a política da educação digital na Unicamp. “Essa política está em construção.  É um planejamento estratégico digital para os próximos cinco anos”, afirmou Marco Antonio Garcia de Carvalho, coordenador do GGTE. 

homem fala ao microfone
Marco Antonio Garcia de Carvalho, coordenador do Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais

A política digital da Universidade está sendo elaborada por um grupo de trabalho (GT) constituído há cerca de um ano, composto pelas pró-reitorias de graduação (PRG), pós-graduação (PRPG) e extensão e cultura (Proec). “Temos várias iniciativas na universidade, que foram se construindo ao longo do tempo e desempenharam um papel importante. Temos uma tradição de ferramentas de ensino à distância, que fazem parte da vivência diária dos alunos. A extensão tem cursos completamente online e uma política um pouco mais definida, mas não uma política geral para Universidade. Sentimos necessidade de ter uma política clara, que oriente nosso caminho nesses próximos cinco anos. O GT tem esse objetivo de criar uma política que possa orientar as nossas ações”, explicou Fernando Hashimoto, pró-reitor de Extensão e Cultura, que preside o grupo de trabalho.

homem fala o microfone em mesa ao lado de duas mulheres
Fernando Hashimoto, ao lado das pró-reitoras de pós-graduação  Nancy Lopes Garcia e graduação Eliana Amaral.

De acordo com Carvalho, o GT vem esboçando um caminho de utilização do ensino híbrido: aliar o melhor da tecnologia da informação e da comunicação com o ensino tradicional. Segundo ele, a utilização dos recursos tecnológicos está sendo pensada pelo grupo em termos de motivar os alunos, de uma geração que utiliza dispositivos tecnológicos para se comunicar e para aprender. “Precisamos saber utilizar isso no nosso dia a dia de sala de aula, o que envolve uma transformação cultural tanto dos alunos, quanto dos professores”, pontuou.

O seminário marcou a etapa final do trabalho do GT, que apresentará sua contribuição à administração Central e à comunidade no Conselho Universitário (Consu).

O evento contou, ainda, com a palestra da diretora do Gartner Research, Glenda Morgan, especialista em estratégias de tecnologia no ensino superior. A pesquisadora apontou algumas das principais tendências internacionais do debate sobre o uso de tecnologias na educação superior, apresentando questionamentos e experiências bem sucedidas. Para ela, o principal risco é perder de vista o estudante. “Algumas vezes nos apaixonamos pela tecnologia e perdemos de vista o fato de que aprender é difícil e é, realmente, estruturado pelas pessoas”, refletiu.

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Glenda Morgan é especialista em estratégias de tecnologia no ensino superior

Morgan destacou experiências bem sucedidas e diferentes usos da tecnologia em instituições de ensino superior, como o adaptive learning, na University of Central Florida; a facilitação do acesso a informações, na Georgia Tech; ou a utilização de dados para entender dificuldades dos estudantes, na Georgia State University. Para ela, a ampliação do acesso é um elemento de destaque no debate sobre ensino a distância, mas a ideia de redução de custos deve ser vista com cautela.

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Docentes, funcionários e estudantes acompanharam a palestra

 

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Docentes, funcionários e estudantes acompanharam o evento

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004