Pensar o impacto geracional na experiência do ser humano no espaço foi o mote da Conferência Internacional Geografias das Crianças, da Juventude e das Famílias que aconteceu esta semana (22 a 24), no Centro de Convenções da Unicamp. Em sua sexta edição, o congresso, que teve sua origem na Real Sociedade de Geografia e no Instituto Britânico de Geógrafos, foi sediado pela primeira vez no Hemisfério Sul. A responsável pela organização foi Gabriela Tebete, da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp.
“Quando falamos de geografia das crianças, da juventude e das famílias, estamos pensando em uma forma de olhar as crianças, os jovens e as famílias no espaço da cidade, na relação com a cultura, na relação com a com acesso e a distribuição econômica, em fim todas as discussões que se faz no campo da geografia”, explicou Tebete.
De acordo com ela, a expectativa a é que o evento estimule o crescimento do campo de pesquisa no Brasil. “Nossa ideia é que essa conferência possa se configurar como um espaço de criação de novas redes de pesquisa e que possamos criar conexões e ampliar impactos”, afirmou.
A especificidade brasileira de ter o campo de estudo desenvolvido na área da Educação foi relacionado por Tebete com a força que a área tem no país. “No exterior, a sociologia da infância se desenvolve entre os sociólogos e antropólogos. No Brasil, a Educação também que vai ter esse protagonismo. Acredito que isso acontece porque, no Brasil, a pesquisa da Educação Infantil é um campo muito potente”, pontuou. Segundo ela, o campo da geografia das crianças, da juventude e das famílias está se configurando no Brasil de modo muito interesse interdisciplinar, com interesse que vão da arquitetura ao direito, passando pela sociologia e filosofia.