O Conselho Universitário (Consu) da Unicamp aprovou em sessão extraordinária ocorrida nesta manhã (4) o reajuste de 2,2% a partir de 1o de maio nos salários dos servidores técnico administrativos e docentes. O reajuste referente a maio será pago em julho, junto com o salário de junho. O reajuste corresponde à proposta feita pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) ao Fórum das Seis em reunião realizada em 27 de maio último.
A proposta prevê, ainda, o acompanhamento conjunto, pelo Cruesp e Fórum das Seis, da evolução da arrecadação de ICMS do Estado de São Paulo ao longo do 1o semestre e meados do 2o semestre. Caso a arrecadação até o final de setembro atinja R$ 80 bilhões, para uma arrecadação projetada ao ano de R$ 108,2 bilhões, nova reunião das duas partes fica desde já agendada para a segunda quinzena de outubro.
Durante a sessão extraordinária, o reitor Marcelo Knobel destacou aspectos do histórico que norteou as negociações desde a solicitação das reuniões por parte do Fórum das Seis, em 11 de abril. O primeiro encontro reuniu a equipe técnica das três universidades e teve como objetivo discutir os cenários financeiros das instituições. Outras três reuniões aconteceram durante o mês de maio entre o Fórum das Seis e os reitores das universidades. A proposta apresentada pelo Fórum indicava um reajuste de 8% para os salários dos servidores e docentes desde o primeiro encontro.
Em 9 de maio, o Cruesp propôs um reajuste de 1,8% a partir de maio, devido à conjuntura econômica significativamente instável e a situação pela qual passam as universidades. Na reunião ocorrida no dia 16 de maio, o Cruesp elevou a proposta para 2,2%, em um esforço para recompor parcialmente as perdas salariais. O reitor destacou ainda o caso da Unesp que, em especial, terá como prioridade a garantia do pagamento do 13o salário de 2019 e, por isso, avaliará o melhor momento para aplicar o índice aprovado pelo Cruesp, dependendo da evolução do ICMS.
Na Unicamp, a Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP), em reunião realizada no dia 31 de maio último, manifestou parecer favorável ao reajuste de 2,2%, mas destacou que no cenário de arrecadação de ICMS no valor de R$ 108,2 bilhões o déficit orçamentário será de R$ 221,7 milhões. Em um outro cenário de arrecadação de R$ 107 bilhões, o déficit será ainda maior, R$ 248,1 milhões.