A Unicamp continua posicionada entre as melhores universidades da América Latina, segundo ranking elaborado especificamente para a região divulgado no final da tarde desta terça-feira (18) pela publicação britânica Times Higher Education (THE). A THE é conhecida pela avaliação criteriosa de instituições de ensino superior em âmbito internacional. Esta é a quarta edição da Times Higher Education Latin America. Em todas elas, a Unicamp aparece classificada entre as três instituições mais destacadas.
De acordo com a avaliação da THE, em 2019 a Unicamp ocupa a terceira posição entre as universidades latino-americanas. A liderança coube, de forma inédita, à Universidade Católica do Chile, seguida pela Universidade de São Paulo (USP). Esta é a primeira vez que o Brasil não encabeça o ranking. Nas edições anteriores, a liderança da tabela foi alternada entre Unicamp e USP. Em 2016, a Unicamp foi a segunda colocada. Nos dois anos seguintes, ficou em primeiro lugar.
A despeito da oscilação na tabela de classificação, a Unicamp apresentou melhora na pontuação em relação à edição de 2018. A Universidade foi superada pelo desempenho superior das demais instituições consideradas. De acordo com o relatório expedido pela publicação britânica, várias instituições brasileiras tiveram menor pontuação no ranking “por impacto de citações este ano, o que sugere que o país deve dar mais atenção à qualidade da pesquisa para evitar queda maior no futuro”.
O reitor Marcelo Knobel recebeu com naturalidade o resultado do ranking. Ele observou que a flutuação entre as universidades que ocupam as primeiras posições é natural, dado que elas apresentam um elevado grau de excelência em suas atividades. “A diferença de pontuação entre as instituições é pequena, o que possibilita variações de um ano para outro. O importante é que a Unicamp continua muito bem classificada”, analisou. Quanto à necessidade de o Brasil dar mais atenção à pesquisa, aspecto ressaltado pela THE, Knobel disse que esta é uma preocupação constante das universidades públicas. Ele admitiu, porém, que os cortes de recursos para o setor determinados pelo governo federal podem afetar futuramente o desempenho das instituições brasileiras nos rankings internacionais.
Metodologia
A Times Higher Education Latin America avaliou, em 2019, 150 universidades de 12 países da América Latina. Os critérios adotados são os mesmos aplicados no THE World University Rankings, que tem abrangência global, mas apresentam modificações para refletir melhor as características das escolas superiores da região. São considerados 13 indicadores de desempenho, dentro de cinco áreas: ensino (ambiente de aprendizagem); pesquisa (volume, renda e reputação); citações (influência da pesquisa); perspectiva internacional (pessoal, estudantes e pesquisa); e renda da indústria (transferência de conhecimento). O Brasil é o país com maior número de universidades avaliadas - 52 contra 43 em 2018.