Promover a sinergia entre grupos de pesquisa da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp e inúmeras empresas e ONGs ligadas à bieconomia é o foco do 1º Workshop de Inovação da Feagri (WI-Feagri) que acontece em 4 e 5 de julho. Os organizadores já têm a presença confirmada de 50 empresas, todas elas ostentando receita operacional bruta acima de R$ 100 milhões. “Este primeiro dia foi de apresentação pelos professores da Feagri de suas linhas de pesquisa, bem como de agências de fomento: Fapesp, BNDES, Finep e Funcamp”, explica o professor Daniel Albiero, organizador do evento que foi prestigiado pelo reitor Marcelo Knobel.
Segundo Albiero, o dia D será nesta sexta-feira, com o Matchmaking, uma metodologia de negócios por meio de reuniões rápidas (15 minutos) entre pesquisadores da Unicamp e líderes das empresas. “Estão envolvidos 21 professores de todos os departamentos da Feagri, que enviaram, antecipadamente, documentos descrevendo suas potencialidades para revolver problemas das empresas. Agora as partes vão se sentar para o Matchmaking, que é literalmente um namoro para identificar os interesses mútuos.”
O professor da Feagri esclarece que estes encontros rápidos se encerram com a marcação de uma próxima reunião para efetivamente negociar uma parceria, apresentando interesses e contrapartidas. “O objetivo do Matchmaking é apenas de verificar se surge uma sinergia, não há a expectativa de acordos. O sucesso desse tipo de evento é medido pelo número de reuniões marcadas. A ideia é quebrar um paradigma, pois a aproximação da academia com a iniciativa privada, normalmente, começa com o professor apresentando suas pesquisas; aqui temos o movimento inverso, primeiro ouvindo as demandas das empresas, para então avaliar se podemos resolver seus problemas.”
Entre as empresas participantes, informa Daniel Albiero, estão pelo menos sete da área de máquinas agrícolas, duas de adubos e fertilizantes, várias de bioenergia, outras de saneamento rural e de logística, bem como multinacionais americanas e alemãs focadas na questão da sustentabilidade. “Virão ainda grandes grupos de investimento buscando interessados em parcerias com professores que atuam em economia agrícola, commodities e gestão de negócios. Três empresas, inclusive, pularam o Matchmaking e já marcaram reuniões para discutir parcerias, com base nos releases que nossos pesquisadores tinham enviado por e-mail.”