A Unicamp criou recentemente o Comitê de Governança Web, com a atribuição de definir políticas e elaborar processos para melhorar a gestão e a qualidade dos canais web [sites, blogs e mídias sociais] da Universidade. O grupo é formado por profissionais das área de Comunicação e de Tecnologia da Informação de diversos órgãos e unidades da instituição. Em reunião realizada com a coordenadora-geral da Unicamp, professora Teresa Atvars, o Comitê apresentou um plano de trabalho, que prevê, entre outras iniciativas, a implementação de uma nova arquitetura de informação, de modo as facilitar o diálogo da instituição especialmente com o público externo.
Antes mesmo de ser instituído oficialmente, o Comitê já vinha se reunindo para analisar o atual estágio da comunicação via web na Universidade. De modo geral, conforme o grupo, o crescimento da área se deu de forma desorganizada ao longo dos anos, o que trouxe como consequência a fragmentação dos conteúdos e a descaracterização da identidade visual da Universidade. “Atualmente, nós temos cerca de 700 sites em operação na instituição, sendo que cada um utiliza designs, tecnologias e sistemas de gestão de conteúdo próprios. Para se ter uma ideia, até mesmo o logotipo da Unicamp é utilizado de maneira incorreta em diferentes situações”, apontou um dos membros do grupo, Gian Barcellini, profissional lotado no Centro de Computação (CCUEC).
Conforme entendimento do Comitê, o Portal da Unicamp, apesar de ter apresentado importante evolução ao longo dos últimos anos, não tem conseguido comunicar de modo eficiente quais são o papel e a missão da Universidade. Ademais, a navegabilidade também não é das mais simples, dado que nem sempre leva o usuário à informação do seu interesse. Isso ocorre, entre outros motivos, por causa do que o grupo denominou de “cultura das siglas”. “O Portal da Unicamp está repleto de siglas, que não são do conhecimento do público externo. Nós temos dado mais importância a elas do que a informações relevantes para a sociedade, como a forma de ingresso dos estudantes nos cursos de graduação ou pós-graduação”, observou Barcellini.
Entre os desafios para eliminar essas falhas e estabelecer uma Governança Web na Unicamp, continuou o profissional do CCUEC, está justamente superar a cultura das siglas, bem como instituir políticas e processos que contribuam para que a Universidade transmita, com clareza e objetividade, o seu papel e compromisso com a sociedade. Nesse sentido, antecipou Barcellini, será preciso estabelecer novas normativas, oferecer treinamento aos profissionais responsáveis pela operação de sites e mídias sociais e conhecer melhor o público que recorre a esses canais para se manter informado sobre as atividades da instituição.
A coordenadora-geral da Unicamp concordou com a avaliação do Comitê e salientou a importância de a Universidade instituir a Governança Web. “Esta é uma medida importante que vem ao encontro do que consignamos em nosso Planejamento Estratégico. De fato, nós precisamos usar esses canais de modo mais eficiente para sermos mais transparentes e nos comunicarmos melhor com a sociedade. Penso que essa é uma missão que não pode ser adiada, e que vem se somar ao trabalho que estamos fazendo nas áreas de Segurança da Informação, Segurança de Dados e Transparência Unicamp”, considerou a professora Teresa Atvars.