No lugar da competição, a integração

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Foto Divulgação

Pela sexta vez, a Unicamp participou do World Gymnaestrada, cuja 16ª edição ocorreu de 7 a 13 de julho na cidade de Dornbirn, na Áustria. O festival, organizado pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) desde 1953, tem periodicidade de quatro anos e é considerado um dos mais importantes eventos esportivos do mundo. Em 2019, o World Gymnaestrada reuniu cerca de 18 mil ginastas, originários de 66 países. A Universidade esteve representada pelo Grupo Ginástico Unicamp (GGU), que levou 26 integrantes, além de 12 outros participantes do CGU Ânima, que reúne na sua maioria mulheres ex-integrantes do GGU.

A principal marca do festival é que ele não tem caráter competitivo, como explica Marco Antonio Coelho Bortoleto, professor da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp e diretor geral do GGU. O principal objetivo é promover a integração por meio do esporte. “O evento recebe ginastas de todas as fixas etárias, sem distinção de gênero, nível técnico ou condição física. Durante as apresentações, os diferentes grupos demonstram como o seu país ou região praticam a ginástica. É uma verdadeira aula de diversidade”, detalha do docente.

Conforme Bortoleto, a Unicamp teve uma participação importante na 16ª World Gymnaestrada. Ele próprio ajudou na organização do evento, dado que é vinculado ao Comitê de Ginástica para Todos (GPT), ligado à FIG. Além disso, a porta-bandeira da delegação brasileira, composta por 600 integrantes, foi a professora Elizabeth Paoliello, que também é docente da FEF. Já a chefe da delegação nacional foi a professora Michele Carbinatto, que é docente na USP, mas que se graduou pela FEF e integrou o GGU. “Isso sem falar de vários outros grupos brasileiros que lá estiveram e foram liderados por ex-alunos da FEF-Unicamp, em geral ex-membros do GGU”, acrescenta.

Fotos Divulgação

Um dos destaques da presença da Unicamp no festival foi o workshop apresentado no dia 13 de julho, um sábado, por três estudantes integrantes do GGU: Fernanda Menegaldo, Ellen Maria, Camila Milani e Gabriel Coimbra. “Mais de 500 pessoas acompanharam a atividade. Foi um grande sucesso”, comemora Bortoleto. De acordo com ele, eventos como o World Gymnaestrada são fundamentais porque tiram o foco da competitividade e o transferem para a conexão entre as pessoas.

Bortoleto observa que em muitos países, incluído o Brasil, o interesse está voltado ao resultado da prática esportiva, materializado numa medalha ou num troféu ou, ainda, em algum ranqueamento. “Nos esportes não-competitivos, os ganhos são de outra natureza. Em eventos como o World Gymnaestrada, a convivência coletiva e massiva gera amizades, promove intercâmbios e favorece a prática da diversidade. Cria-se um clima no qual as pessoas conseguem ver beleza em todas as apresentações, mesmo naquelas sem tanto recursos espetaculares. E tudo isso num clima de harmonia e civilidade”, analisa.

Foto Perri

Como se essas consequências já não fossem importantes, o docente da FEF aponta mais uma. “Eventos dessa natureza também são um enorme evento turístico, durante o qual milhares de pessoas visitam a cidade-sede e localidades próximas. Um bom exemplo foi o principado de Liechtenstein, que fica a poucos quilômetros de Dornbirn e que atuou como parceiro do festival. O governo local permitiu a visita de turistas e apresentações de diversos grupos ginásticos. O GGU participou dessa iniciativa apresentando duas coreografias no dia 6 de julho, antes do início do World Gymnaestrada”, relata.

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Delegação Brasileira na festa de abertura da 16ª  World Gymnaestrada

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004