Campanha de enfrentamento ao tráfico de pessoas tem participação da Unicamp

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No ciclo básico uma grande faixa branca destaca os dizeres da campanha: está escrito "Semana contra  o tráfico de pessoas. Liberdade não se compra. Dignidade não se vende"
Faixa da campanha colocada no Ciclo Básico, em frente ao Restaurante Universitário

No Ciclo Básico da Unicamp, bem em frente à entrada do Restaurante Universitário (RU), uma imensa faixa chama a atenção para a “Semana Contra o Tráfico de Pessoas”. Nela está escrito “liberdade não se compra, dignidade não se vende”. A ação faz parte da campanha “Somos livres; todos contra o tráfico de pessoas”, promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela representação da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, juntamente com parceiros como a Unicamp, que se engaja pela primeira vez. A iniciativa é apoiada pela Diretoria Executiva de Direitos Humanos, Cátedra Sérgio Vieira de Mello, e o Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (Nepo).

Estão programadas atividades até sexta-feira, (2), com a distribuição de material de divulgação, adesivos e postagens em redes sociais com as hashtags #TodosContraOTraficoDePessoas e #SomosLivres. A Universidade concentrou ações nesta semana do 30 de julho, Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas. Serão distribuídos na Unicamp, nesta quinta e sexta-feira, dias 1 e 2 de agosto, cinco mil adesivos com o slogan “luto contra o tráfico de pessoas” e os dois números para denúncias: 100 e 180.

A Unicamp tem um acordo de cooperação com Ministério Público do Trabalho (MPT) e uma das frentes de atuação é o combate ao tráfico de pessoas, de acordo com a diretora executiva de Direitos Humanos da Unicamp, Néri de Barros Almeida. “O tráfico de pessoas é algo que se amplia no planeta, sobretudo com a crise que afeta o mundo do trabalho. Como a precarização é uma porta para o trabalho escravo, já podemos pressupor que há um contexto que possibilita o crescimento desse problema social”, afirmou.

A campanha é um exemplo de como é possível estabelecer uma relação efetiva entre a universidade e a defesa dos direitos humanos, destacou a diretora. O objetivo das ações na Unicamp é sensibilizar a comunidade acadêmica para que todos tenham clareza sobre o que é o tráfico de pessoas, como se caracteriza e o que fazer em casos suspeitos ou quando há a confirmação.  “Muitas vezes podemos ter uma experiência com sinais de que se trata de uma situação de escravidão e não temos informações de como reagir”, salientou.

Professora Néri dá entrevista com a camiseta da campanha
Néri de Barros Almeida, da Diretoria Executiva de Direitos Humanos: tráfico de pessoas também é pauta da Universidade

Néri lembrou a importância dos estudos desenvolvidos pelo Nepo, sobretudo na área de mobilidade humana, responsáveis também pela aproximação da Universidade com o Ministério Público. E ainda o trabalho da Cátedra Sérgio Vieira de Mello com ações voltadas aos refugiados. “A imigração forçada coloca as pessoas em transito pelo mundo, muitas vezes indocumentadas e sem recursos. Essas pessoas chegam em determinados lugares onde não se sentem seguras, ou já são cooptadas no próprio deslocamento e são levadas para ambientes em que estarão isoladas, aprisionadas em uma situação em que se tornam vulneráveis a pessoas com o objetivo de escravizar”, complementou.

Dados do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC) apontam que o tráfico de pessoas atinge mais de 25 mil pessoas a cada ano. No Brasil, os dados mais recentes dão conta de que a maior parte das pessoas é vítima do tráfico para fins de exploração sexual ou trabalho escravo, a maioria mulheres e meninas. O símbolo do coração azul representa a tristeza das vítimas do tráfico de pessoas e a insensibilidade daqueles que compram e vendem outros seres humanos, além de demonstrar o compromisso do azul das Nações Unidas

Acesse o material da campanha: folheto e caderno sobre o tema

 

Estudantes entregam material de divulgação e adesivos com as hashtags #TodosContraOTraficodDePessoas e #SomosLivres nos restaurantes da Unicamp dentro da programação da Semana Contra o Tráfico de Pessoas
Estudantes entregam material de divulgação e adesivos com as hashtags #TodosContraOTraficodDePessoas e #SomosLivres nos restaurantes da Unicamp dentro da programação da Semana Contra o Tráfico de Pessoas 
Imagem de capa
Estudantes caminham no ciclo básico onde vemos, atrás deles, uma grande faixa branca com os dizeres da campanha escritos em azul

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004