´Beethoven para o futuro´ propõe diálogo com a composição contemporânea brasileira

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musicos tocam violoncelo e piano

O ciclo de sonatas de Beethoven para violoncelo e piano pode ser apreciado em sua totalidade esta semana, em Campinas. Após apresentações em Chicago e na Califórnia, o pianista filipino-americano, Victor Santiago Asuncion, e o violoncelista norte-americano e professor da Unicamp, Lars Hoefs, realizaram os cinco concertos na cidade. O projeto, chamado Beethoven para o futuro, incluiu um autor posterior a Beethoven e uma composição contemporânea brasileira, em cada concerto. Os dois últimos, realizados no auditório do Instituto de Artes (IA), na segunda-feira (12), e na Casa do Lago, terça-feira (13), contaram com obras de Paulo C. Chagas e José Augusto Mannis, também professor da casa.

“O projeto é uma viagem pelas sonatas de Beethoven, que acompanha a evolução e o avanço de sua arte, justapostas a obras que vieram depois e obras de compositores brasileiros contemporâneos”, explicou Lars Hoefs, que também assina a curadoria do programa. O diálogo proposto foi, segundo Hoefs, prenunciado pelo próprio Beethoven. Quando indagado sobre a musicalidade de suas sonatas, o compositor teria afirmado que não eram para o seu tempo, mas para um “público do futuro”. “Agora estamos no futuro”, afirmou Hoefs. Para ele, a ousadia das sonatas, principalmente das últimas, fica ainda mais interessante quando colocadas ao lado de obras contemporâneas.

De acordo com Lars Hoefs, o simples contato com esse repertório com a primorosa interpretação de Victor Santiago Asuncion é valioso para a formação musical dos estudantes. “As obras de Beethoven, assim como os outros compositores tradicionais, são parte essencial do repertório, para violoncelo e piano. Mesmo assim, muitos alunos nunca as escutaram. Ouvi-las com esse pianista, ao vivo, é uma coisa extraordinária.  Além disso, tem oportunidade de ouvir as peças contemporâneas brasileiras, que são muito menos acessíveis”, explicou.

Victor Santiago Asuncion, por sua vez, afirmou ser maravilhosa a oportunidade de tocar músicas novas de compositores brasileiros. “Na maior parte do tempo, toco compositores mortos, muito mortos. É maravilhoso poder trabalhar com compositores que pode me dizer exatamente o que eles querem”, relatou. Segundo ele, tocar as composições de Marco Padilha na sua presença, no último domingo (11), na Academia Campineira de Letras e Artes, foi uma missão de grande responsabilidade. “Eu estava muito nervoso de tocar em frente ao maestro. É a música dele, é o bebê dele. Então, eu tinha que fazer um bom trabalho”, contou.

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Projeto Beethoven para o futuro

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