Gastronomia e diversidade: "Chefs na Unicamp" faz segunda edição no campus de Barão Geraldo

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Publico do evento está em pé em frente a uma das tendas de comida
Tendas de alimentação na primeira edição do evento, em 2016

Almoço de domingo: ragu de filé mignon ao molho de amora guarnecido de risoto de castanha do Pará. Se preferir peixe: tilápia empanada na tapioca, mandioca frita e arroz. Porco? Vá de costelinha defumada com moqueca de banana da terra. Leve a família, o cachorro, uma canga para estender no chão e fazer um piquenique. Vá preparado para ouvir boa música e aproveitar o campus da Unicamp em Barão Geraldo em um fim de semana.

Até seis mil pessoas são esperadas para segunda edição do evento “Chefs na Unicamp”, marcada para o próximo dia 8 de setembro, das 11 às 17 horas. Serão 13 tendas de alimentação e uma de bebidas. O evento é gratuito e faz parte do Simpósio dos Profissionais da Unicamp (Simtec), realizado no Centro de Convenções até quarta-feira, (11).

Quem vier este ano vai notar uma pegada diferente, que tem a ver com a diversidade que a Unicamp propõe. Alguns pratos ganharam elementos da culinária indígena, outros trazem a gastronomia africana ou afro-brasileira. “Uma das coisas que a gente estimulou foi que os chefes convidados pudessem criar pratos com algum ingrediente da comunidade indígena como homenagem a este grupo de novos alunos da Unicamp”, afirma o jornalista e chef de cozinha Manuel Alves Filho, organizador do Chefs.

Chef Manu explica um termo novo sobre a culinária brasileira: euroafroindígena. Será mais ou menos isso o que o público vai encontrar. Opções desde ravioli e lanche de pernil do chef italiano até prato com nome congolês, o Ngombe, que é um nhoque de banana da terra servido com molho de tomate fresco e shimeji.

Não é comida servida na rua, mas sim comida de rua, com conceito. “Tem esse movimento de comida de rua que cresceu demais nos últimos cinco anos, mas, muitas vezes, um tipo de comida que a gente relaciona a fast food. Nossa proposta é diferente. As pessoas começaram a entender o que é a comida ancestral ligada a experiência das pessoas. O que a gente quer é associação com a comida de casa, caminhar em direção à tradição, não só da culinária brasileira, mas também a que vem de fora”.

Manuel Alves, vestido com as roupas de chef, sorri e aponta para um prato
O jornalista e chef de cozinha Manuel Alves Filho

Nesta edição também foram convidados alunos do curso de gastronomia da Policamp que farão o tacacá, prato típico da região amazônica, além de tapiocas. O chef confeiteiro Sérgio Rischioto vai trazer um cardápio que seria melhor manter em segredo... E também o chef padeiro, com pães de alta hidratação e longa fermentação. O cardápio só ficaria completo se houvesse churrasco e sim, vai ter um chef especialista nos assados.

Tanta comida boa e diversa serve de convite. Chef Manu lembra que na primeira edição do evento conversou com visitantes que nunca tinham vindo à Unicamp ou apenas conheciam a área da saúde. “Nesse sentido, o evento é uma oportunidade de aproximação com a comunidade externa. Acredito que a Universidade tem essa vocação, a exemplo do que acontece em outros países. Falta oferecer os eventos para que as pessoas aproveitem os espaços com seus pais, filhos e pets, e é isso que queremos proporcionar”, disse.

Na programação do domingo também estão previstas apresentações da Escola Livre de Música da Unicamp, apresentações de música, oficinas do Museu Exploratório de Ciências para crianças de 5 a 10 anos e teatro. Uma tenda vai ser montada para receber doações de livros. Veja aqui a programação completa do Chefs e do Simtec.

Quatro duplas fazem passos de dança de salão no pátio do ciclo básico
Duplas aproveitam música no Chefs na Unicamp de 2016

 

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Foto da edição anterior do evento. Aparece uma das tendas e algumas pessoas sentadas

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004