Seminário "Inovações Curriculares" chega à sétima edição maior e com novidades

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A coordenadora do EA2 sentada em entrevista
A professora Soely Polydoro fala sobre a importância das inovações e sobre o programa do Seminário

Gervásio é o personagem de um livro; um aluno de graduação que está no primeiro ano da faculdade e que escreve cartas para o próprio umbigo refletindo sobre algumas das suas novas experiências com os estudos. Por meio dessas cartas, muitos estudantes (de verdade) reconhecem suas dificuldades e conseguem se organizar melhor para enfrentar os desafios da vida universitária. O programa “Cartas do Gervásio ao seu Umbigo: comprometer-se com o estudar no ensino superior” é um exemplo de inovação, ou seja, apresenta uma nova estratégia educacional, para auxiliar o processo de aprendizagem de quem acabou de sair do Ensino Médio.

São essas ideias, e muitas outras, que serão discutidas no “VII Seminário Inovações Curriculares - Transformar vivências, conectar aprendizagens”,  a ser realizado de 29 a 31 de outubro, no Centro de Convenções e diversos outros locais da Unicamp. O evento é promovido pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG) e Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem (EA)², além do Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE) e Faculdade de Educação (FE).

capa do livro O autor do programa Cartas do Gervásio, professor Pedro do Rosário, da Universidade do Minho, Portugal, será um dos convidados internacionais. Além dele, a professora Saran Stewart, da Jamaica, irá conversar sobre pedagogia inclusiva e diversidade, e Kaisu Mälkki, falará diretamente da Finlândia sobre currículos híbridos. (Acesse a programação completa aqui).

Já há algum tempo que se fala em um currículo “blended”, ou num conceito de educação que combina estratégias para tornar os conteúdos mais “aprendíveis”, como afirma a professora Soely Polydoro, coordenadora do (EA)² e organizadora do Seminário. “É um currículo que combina disciplinas de metodologias mais ativas com outras mais expositivas. A composição vai sendo organizada de forma que o aluno tem as melhores experiências de aprendizado”, salientou.

A procura dos docentes sobre estratégias inovadoras aumentou tanto que o Simpósio de 2019 já é três vezes maior que a última edição, em 2017. A programação vai ocupar vários espaços da Unicamp. A pró-reitora de Graduação, Eliana Amaral, considera que o crescimento do evento tem a ver com a tomada de consciência sobre a necessidade de rever os processos educacionais durante a formação na graduação. "O professor universitário, no Brasil, não tem formação para ensinar, exceto pelos modelos, pelas experiências vividas. Assim, o corpo docente de diferentes instituições está ávido por oportunidades de aprender como fazer melhor, mostrar o que tem feito, ouvir outras experiências e trocar ideias".

Eliana salienta que a Unicamp é uma universidade que inova, já reconhecida por pensar e pesquisar a educação superior. Ela destaca também a importância de um centro de inovações em ensino superior, um papel que o (EA)² tem cumprido na Unicamp, dando apoio a docentes, com workshops, conferências, mas também à gestão dos cursos de graduação, para diretores, coordenadores de cursos e secretarias de graduação. "A inovação no ensino tem tudo a ver com a excelência que essa universidade busca e que é um dos seus valores mais caros. A abordagem científica e o uso da melhor evidência deve também permear o ensino de graduação e pós-graduação. Isso é o que esse evento quer fomentar. O sucesso de uma universidade inclusiva e diversa como a Unicamp, com suas múltiplas missões, passa por essa abordagem", pontuou.

Para a coordenadora do (EA)², os professores estão conscientes da importância de uma formação diferenciada, das especificidades da docência no ensino superior. "Não basta ao docente ser um bom pesquisador ou alguém que domine muito bem o conteúdo”, destacou.

De acordo com Soely, a formação docente já foi incluída, por exemplo, nas novas diretrizes curriculares das engenharias. “É fundamental para a excelência de um curso o papel dos professores. A gente entende que essa formação não é finalizada em determinado momento, mas ocorre ao longo da carreira docente. Além disso nos preocupamos muito com o projeto pedagógico dos cursos”.

A programação do simpósio também vai trazer uma conversa com profissionais relatando as experiências da Unicamp com relação aos alunos negros, refugiados e indígenas, workshops sobre diversos temas e apresentações culturais, que têm como objetivo propiciar experiências de inovação na área.

Houve uma preocupação, como destaca a coordenadora, de fazer um evento num formato inovador também, conectando as pessoas de várias formas e com o objetivo de gerar redes, parcerias e diálogos. O evento está disponibilizando um aplicativo num formato de rede social e também um jogo, o “Inovações Go”, uma espécie da caça ao tesouro, que vai percorrer pontos onde haverá atividades do simpósio e que vai premiar dez vencedores com livros. 

“A gente foi criando situações que representam a grande proposta do evento, que é transformar vivências e conectar aprendizagens. É também um evento híbrido com a ideia que as pessoas vivam experiências e saiam inspiradas para inovar”, disse a professora.

tabela com os números do seminário: 1005 inscritos, 272 trabalhos, 32 comunicações orais e 236 posteres e 42 convidados

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Reunião de bolsistas para discutir trabalho no evento

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004